Trabalhar soft skills aumenta as chances de jovens conseguirem emprego

De acordo com pesquisa, 92% dos profissionais de Recursos Humanos, de 35 países diferentes, afirmam que as habilidades socioemocionais são importantes para o mercado de trabalho

As chamadas soft skills, competências comportamentais, são cada dia mais valorizadas pelo mercado de trabalho. Neste contexto, além das habilidades técnicas, inerentes a cada área de atuação, as capacidades socioemocionais ganham destaque tanto na contratação, quanto na permanência do colaborador na empresa. O Relatório de Tendências Globais de Talento 2019, realizada pelo LinkedIn, rede de contatos profissionais, aponta que 92% dos profissionais de Recursos Humanos, nos 35 países ouvidos, entendem que as habilidades socioemocionais são cada dia mais importantes para o mercado corporativo. Para 89% dos entrevistados, profissionais com baixo desenvolvimento de soft skills geram contratações insatisfatórias. Outro levantamento, realizado pela Capgemini Digital TransformationsInstitute, em 2017, demonstra que 60% das empresas têm problemas comportamentais com seus colaboradores.

Sabendo da necessidade crescente do mercado de trabalho por profissionais com soft skills desenvolvidas, instituições que preparam jovens e adolescentes para o primeiro emprego têm buscado desenvolver habilidades socioemocionais durante a capacitação profissional. Entre as habilidades valorizadas pelas empresas, estão boa capacidade de comunicação, trabalho em equipe, resiliência, flexibilidade, entre outras. “Ao desenvolver o autoconhecimento, o jovem melhora sua autoestima e identifica suas principais habilidades, passando a utilizá-las a seu favor. Em geral, os profissionais desenvolvem as habilidades comportamentais ao longo dos anos e, por isso, ao trabalhar estas competências com os jovens, nós colaboramos para que eles apresentem um diferencial ao ingressar no mercado de trabalho, tendo em vista que não dominarão somente a parte técnica, mas, também, o lado comportamental que é indispensável no ambiente corporativo”, analisa Wandreza Ferreira, Diretora Executiva do Instituto Ser+.

A inteligência emocional, quando bem desenvolvida, gera mudança de comportamento, estabilidade emocional, resiliência e capacidade de traçar objetivos claros. Ou seja, contribui para gerar benefícios para o jovem tanto em sua vida pessoal quanto profissional. Wandreza lembra, ainda, que jovens em situação de vulnerabilidade social têm menos espaços e oportunidades para desenvolver essas habilidades, por isso as Instituições com viés social se tornam tão relevantes em todo o processo rumo ao primeiro emprego.

Sobre o Instituto Ser+

O Instituto Ser + é uma organização sem fins lucrativos, criada em 2007 e tem como propósito desenvolver o potencial de jovens em vulnerabilidade social, com idades entre 15 e 24 anos, contribuindo com a sua formação integral, descoberta de talentos e conquista do primeiro emprego, por meio do programa “Jovem Aprendiz”. Com metodologia própria, o Ser + é um certificador do Ministério do Trabalho para Lei de Aprendizagem. Mais de oito mil jovens já foram capacitados pelo Instituto e ingressaram no mercado de trabalho. O Ser + desenvolve, ainda, programas de capacitação e programas de voluntariado em empresas. Em 2014, a empresária Sofia Esteves, assumiu a presidência do Instituto, com o propósito devolver à sociedade tudo havia aprendido e conquistado, trabalhando por mais de 30 anos com o público jovem, estando à frente do Grupo Cia de Talentos.