Cirurgia bariátrica exige cuidados especiais com a alimentação

No dia 25 de maio, a nutricionista da área de Cirurgia Bariátrica do HC, Carolina Malek, ministra um curso da ACN Nutrição, com o tema Abordagem Nutricional em Cirurgia Bariátrica.

As cirurgias bariátricas têm se popularizado no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica indicam que, entre 2012 e 2017, o número de procedimentos aumentou 46,7%. Em 2017, foram realizadas mais de 105 mil cirurgias para redução de estômago no Brasil.

Método procurado por quem deseja uma perda de peso rápida e duradoura, ele só é indicado em casos específicos e requer do paciente muita disciplina em direção à reeducação alimentar. Todas as questões nutricionais relacionadas ao acompanhamento de pacientes que já se submeteram, ou irão realizar o procedimento, serão discutidas em um curso, que será realizado pela ACN Nutrição, no dia 25 de maio, das 9h às 16h, no Taiwan Hotel (Rua Lafaiete, 1370).

O tema será abordado por Carolina Hunger Malek-Zadeh, nutricionista chefe e contratada para as áreas de Cirurgia Bariátrica e Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP). Ela explica que a obesidade vem crescendo em todo o mundo. No Brasil, mais da metade da população já tem sobrepeso e, 20% das pessoas, são obesas. “Paralelamente ao aumento dos casos de obesidade, tem crescido a procura pela cirurgia bariátrica, que tem sido o único método que garante a perda de peso eficiente e mais duradoura”, explica a nutricionista.

Apesar de ser um método eficaz na perda de peso, a cirurgia bariátrica não é indicada para todas as pessoas. As indicações do Ministério da Saúde orientam que ele seja realizado em pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 40. Ou nos casos em que a pessoa apresenta doenças associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, pressão alta, síndrome da apneia obstrutiva do sono ou doenças articulares. Nestas situações podem realizar o procedimento quem tem IMC maior, ou igual a 35.

“É importante ressaltar que os pacientes precisam ter total consciência e capacidade de entendimento do que vai acontecer durante o tratamento, não podem ser usuários de álcool, ou drogas e precisam ter mais de 16 anos”, alerta Carolina. Os cuidados em relação à dieta do paciente começam antes da cirurgia e se estendem por um longo período após o procedimento. “Nos primeiros 15 dias a 20 dias eles se alimentam de uma dieta líquida. Nos próximos 15 dias a dieta passa a ser pastosa. Só após um mês a alimentação volta ao normal. Mas, em todas as etapas, a dieta inclui todos os tipos de alimentos: lipídios, carboidratos, proteínas, fibras, vitaminas e minerais.”