SINAIS QUE PODEM INDICAR UM ABORTO

10 a 15% das mulheres que engravidam abortam. 80% desses abortamentos acontecem até a 12ª semana de gravidez

Primeiramente vale explicar a terminologia correta entre aborto e abortamento. Aborto é o produto de um processo, produto do abortamento. Assim, a espontaneidade desse processo caracteriza a parada da evolução de uma gestação.

O abortamento é dividido entre precoce e tardio de acordo com a idade gestacional em que ocorre. Quando a parada da evolução se impõe até a 12ª semana de gestação o chamamos de precoce após a 12ª semana de gestação, tardio.

Toda a sintomatologia do início da gestação, principalmente até a 12ª semana, é oriunda da nova produção hormonal que se instala com a gestação.

As náuseas, vômitos, crises de hipotensão, alteração do apetite, distúrbios do sono, instabilidade do humor, entre outras, acompanham o evoluir dos níveis hormonais gestacionais que continuam a aumentar apenas se houver vitalidade mantida do concepto.

Um dos sinais que pode indicar o abortamento espontâneo é a melhora desses sinais de forma abrupta, pois se o embrião/feto param seu desenvolvimento, os sintomas acima citados melhoram ou desaparecem.

A cólica pélvica, frequente e progressiva, nem sempre se traduz em abortamento mas deve ser investigada, pois muitas vezes os processos de abortamento podem se iniciar com cólica.

Porém, o principal sinal que caracteriza o abortamento é o sangramento vaginal. “O sangramento no início da gestação não é normal, mas sim comum. ” Explica o obstetra Dr Kleber Cassius, especialista em pré natal de alto risco.

Quanto maior o sangramento maior o risco. A orientação é que todo sangramento vaginal deve ser investigado com um exame de ultrassonografia.

Portanto, não há nenhum sinal patognomônico de abortamento e não é incomum que nenhum dos sinais acima citados ocorra e, mesmo assim, a paciente já tenha sofrido um abortamento.