Como a quarentena pode ter afetado a libido feminina de forma negativa

Está mais do que claro que estamos vivendo momentos completamente diferentes do que estávamos acostumados a viver até então. Muitas das nossas referências sociais foram alteradas sem qualquer aviso prévio. O simples fato de encontrar uma pessoa conhecida ou um amigo gera de antemão diversos sinais de alertas que nunca haviam sido gerados. O ato de apertar a mão de pessoas conhecidas foi substituído por um breve sinal à distância. Cumprimentar amigos com beijos? Só se for virtualmente. Buscar alívio emocional em um abraço é algo que, hoje, deve ser muito bem pensado antes de ser feito.

O que antes era meramente automático, agora passa por um novo processo de análise baseado em diversas informações conscientes e inconscientes, que muitas vezes se confundem e conflitam entre si. Se atos até então relativamente triviais, como encontrar um conhecido ou um amigo na rua, não são mais tão triviais e exigem um cálculo de ações, outras atividades menos simples, como a sexualidade, passaram agora a serem oficialmente nada simples, como aponta a Ph.d em psicoterapia, a doutora norte-americana Dana Dorfman: “Durante todo o dia, estamos tentando nos proteger física e emocionalmente [contra a covid-19]”.

Diante dessas circunstâncias, como fica o desejo sexual, em especial das mulheres, diante dessa nova e atordoante realidade? Segundo a psicanalista e psicóloga brasileira Danielle Vieira, “o desejo tem grande apoio e motivação pela falta que sentimos do outro”, mas como a maioria de nós já percebeu ao conviver por dias e mais dias em quarentena, a falta deixou de existir. Pessoas que convivem em um lugar pequeno sabem exatamente onde seu parceiro(a) está e o que ele(a) está fazendo o dia todo. A partir disso, a ideia de ficar ainda mais próximo pode começar a parecer desinteressante. Além do mais, a mente pode estar extremamente ocupada com notícias, preocupações, ansiedades em relação à covid19, questões financeiras, sobrecarga ou falta de trabalho, e esse excesso pode contribuir para que a libido fique suprimida, sem espaço para se manifestar livremente.

Outro grande fator que contribui para que as mulheres sintam cada vez menos vontade de ter relações sexuais, além da parte psíquica, são os processos fisiológicos e neuroquímicos que podem estar ocorrendo nesse exato momento devido à ausência ou diminuição das atividades físicas. Segundo o educador físico Marcio Atalla, “exercitar-se é fundamental para manter o bem-estar físico e psicológico”. Além de trazer benefícios para o corpo, com a prática de exercícios físicos, nosso organismo libera diversas substâncias que aumentam nossa energia, melhoram nosso ânimo, humor e até mesmo a libido. Permanecer confinada a maior parte do dia, sem exercer as mesmas atividades físicas que anteriormente, ainda que essas atividades consistissem em andar por cinco minutos para pegar um ônibus ou caminhar no parque, pode gerar um impacto devastador em diversos hormônios e neurotransmissores que estão diretamente ligados à energia, disposição e desejo sexual, como a testosterona, dopamina, serotonina, entre outros.

Atentando-se a todas essas situações, empresas do ramo erótico vêm trabalhando para driblar ou, pelo menos, amenizar os impactos que esse contexto de quarentena causa na libido feminina. Um exemplo disso é o estimulante sexual feminino, recentemente lançado no Brasil e conhecido como THE PINK PILL®, que pode ser encontrado no site http://www.thepinkpill.com.br. Segundo o diretor da empresa, Marcos Vinícius, o produto tem como principal intuito auxiliar as mulheres através de sua formulação 100% natural e segura em qualquer etapa da vida na qual a ala feminina queira aumentar sua libido e melhorar a vida sexual, inclusive nesse novo cenário que estamos vivendo. “Acreditamos que, para que o desejo sexual exista, é importante haver, além de condições psicológicas, condições fisiológicas, como taxas adequadas de hormônios, energia, disposição e um sentimento mínimo de bem-estar. Sabemos que não podemos mudar os fatos da nossa atual realidade externa, então, estamos oferecendo algo que mude a realidade individual de cada mulher através dos benefícios que nosso produto oferece.”

Outra dica importante é procurar ajuda especializada caso as questões sexuais representem um problema constante. Para a psicóloga norte-americana especializada em sexualidade, Dra. Holec, “embora você possa hesitar em se aprofundar nessas questões enquanto faz malabarismos para não enfrentar seu real problema, um terapeuta pode realmente ajudar a aliviar o estresse ao ensinar ferramentas de enfrentamento e estratégias de comunicação”.

Independentemente de como a libido das mulheres está, o importante é se beneficiar de uma relação aberta com seu parceiro(a) e consigo mesma, e não se culpar por qualquer sensação que esteja ou não percebendo. Situações como essa surgem estando ou não na pandemia, e o importante é identificar as causas e procurar tratá-las da melhor forma possível, com todos os recursos existentes que façam sentido para você.