Pequena, média ou grande, a mama tem papel fundamental na autoestima da mulher

É preciso respeitar a vontade da paciente e a harmonia do corpo quando a decisão é por colocar próteses de silicone

“A mulher tem o direito de escolher o que quer para sua aparência, o que naturalmente inclui o tamanho e o formato de seus seios, e nós, cirurgiões, devemos entregar o que ela deseja, com todas as técnicas para que o resultado seja perfeito.” A afirmação do cirurgião plástico Victor Cutait tem diversos desdobramentos e um objetivo: fortalecer a autoestima feminina por meio de intervenções cirúrgicas que respeitem a harmonia do corpo de cada paciente.

Por que as mamas são tão importantes para a mulher?

Antes de falarmos sobre volume e formato dos seios da mulher, é importante entender por que as mamas estão entre as prioridades quando o assunto é se sentir bem com o próprio corpo. Cutait explica: “As mamas, antes de qualquer coisa, trazem com elas um viés filosófico e afetivo ligado à amamentação, que por sua vez é vinculada a conceitos como o cuidar, o gerir, o nutrir. Isso mesmo que a mulher não tenha filhos, pois é algo ancestral, biológico, inconsciente.”

Não é de se estranhar, portanto, que a mulher se sinta mais feliz se estiver satisfeita com seus seios. “Independe do tamanho das mamas. Pequenas, médias ou grandes, elas sempre farão parte do feminino e do reforço da autoestima”, afirma o cirurgião plástico.

E, mais feliz, a mulher tende a gostar mais de si, a se cuidar melhor e a desempenhar suas funções com mais maestria, de acordo com a observação atenta do especialista. “Ela sente uma segurança biológica que se estende a todos os setores da vida. Fica mais segura nas interações pessoais, nas românticas, na própria maternidade, se for o caso. Até o desempenho no trabalho fica melhor. A autoestima ajuda a construir uma verdade interior de que ela é mais capaz, mais mulher”, diz.

Harmonia do corpo: para cada biotipo, um modelo de prótese para as mamas

Foi-se o tempo em que as próteses de silicone para as mamas eram “padronizadas” e as mulheres tinham que se adaptar caso quisessem mudar o tamanho de suas mamas. Hoje, são as próteses que se adaptam às vontades e aos biotipos femininos.

“Temos pelo menos 300 tipos de próteses de mamas, com tamanhos, formatos e perfis diferentes”, conta Cutait. “Cada pessoa é única, e temos que atender o que a mulher quer, o que ela precisa e o que ela pode”, complementa.

Na parte de “o que ela pode” entra a questão da harmonia do corpo — algo fundamental para que uma cirurgia plástica seja um sucesso e deixe todas as partes envolvidas satisfeitas. O cirurgião destaca: “Tudo deve ser levado em consideração ao definir a prótese ideal para a mulher: as proporções de seu corpo, larguras do quadril e da cintura, altura, peso, quanto de mama já tem. A avaliação é obrigatoriamente personalizada.”

Isso significa que o tamanho da prótese colocada em uma amiga não tem nenhuma importância, embora ela possa servir como referência para chegar a um resultado visualmente semelhante ao dela. Nessa hora, é indispensável confiar nas orientações e indicações do cirurgião plástico.

“Dentro da vontade e da liberdade da mulher, conseguimos oferecer a prótese perfeita para o visual que ela quer. Pode ser que a prótese precise ser maior, porque a amiga em questão é mais baixinha; ou menor, porque a paciente já tem mais mama naturalmente do que a outra mulher tinha antes de fazer a cirurgia. Analisamos todos os aspectos para chegarmos à melhor harmonização e ela ficar feliz. Isso é o mais importante”, finaliza Cutait.