“Ninguém é mãe de ninguém!” Especialista dá dicas para as mulheres não assumirem papel de mãe de seu parceiro

Culturalmente, as mulheres são criadas para o cuidado. Essa criação é baseada na ideia de “papéis de gênero”, conceito que tipifica socialmente o lugar da mulher e do homem. Por ser uma ideia presente há muito tempo, é comum que alguns casais mantenham essa forma tradicional de vida: o clássico papel do homem provedor e o da mulher cuidadora. Não tem nada errado em cuidar do parceiro, desde que isso seja uma via de mão dupla e nenhum dos dois fique sobrecarregado. Porém, não é o que geralmente acontece.

“Tradicionalmente, as meninas são incentivadas a cuidar de outras pessoas e a assumir as tarefas de casa mais cedo do que os meninos. Por causa disso, algumas mulheres, quando entram em um relacionamento, tendem a reproduzir o modelo de mãe com seus parceiros, geralmente sem perceber. No caso dos homens, alguns ficam acomodados e aceitam continuar a ser tratados como se estivessem na casa de suas mães. Essa é uma das principais razões que geram conflitos e esse ciclo deve ser interrompido”, diz Maicon Paiva, Fundador da Casa de Apoio Espaço Recomeçar.

Uma Pesquisa lançada pela Companhia de Desenvolvimento do Distrito Federal (Codeplan) mostrou que 93% das mulheres se dedicam a tarefas domésticas, enquanto a proporção de homens é de 79,7%; dessa porcentagem apenas 46,1% dos homens declaram realizar tarefas diariamente, enquanto 70,8% das mulheres se ocupam com a tarefas do lar todos os dias. O resultado é que elas se dedicam, em média, 8 horas a mais por semana do que eles.

O tempo dedicado às tarefas do lar e o comportamento de cada gênero é designado socialmente desde cedo, fazendo com que mulheres confundem o cuidar com assumir todas as responsabilidades, sejam elas materiais ou afetivas. Essa situação gera sobrecarga para elas, que ficam priorizando dar conta de todas as tarefas, preocupadas em não frustrar as expectativas do parceiro.

Para que a dinâmica do casal não se transforme em “mãe e filho”, o Espiritualista Maicon Paiva, do Espaço Recomeçar tem dicas para que o amor da sua vida não se torne seu filho:

Você consente e assume todas as responsabilidades: Pensamentos como “deixa que eu faço para ele” condicionam a mulher a assumir todas as responsabilidades e tornam o cônjuge acomodado. Para que seu par não se torne seu filho, não assuma o lugar dele nas tarefas. Cumpra a sua parte do acordo e entenda o limite das suas responsabilidades;

Errar faz parte do aprendizado: Algumas mulheres assumem as tarefas de casa, pois acreditam que seu parceiro não é capaz de fazer nada. Mesmo que possam estar certas, pois homens não são incentivados a aprender a cuidar da casa no mesmo tempo das mulheres, fazer com que eles não criem responsabilidades com o lar acaba por não incentivá-los a ao menos tentar. Tudo bem querer ensinar, mas nada de tomar o lugar dele nessa hora;

Não fique lembrando o tempo: Uma atitude muito comum entre mães com crianças pequenas é ficar lembrando o que precisa ser feito. Saiba que como esposa, essa não é a sua tarefa. Você não está lá para isso, muito pelo contrário. A relação deve ser constituída por pessoas que se enxergam como iguais;

Crie uma hierarquia lateral: Mulheres que agem como mães de seus cônjuges acabam exercendo poder sobre eles. Por serem vistas como a figura materna, os homens consultam as esposas antes de fazer qualquer coisa. Isso é apenas o começo da “mãe e filho”, por isso é importante que os dois tenham o mesmo peso nas decisões, para que um não dependa do outro.

Tratar o marido como um filho pode frustrar muitos casais, resultando na perda de admiração de um pelo outro e, por consequência, o romantismo. A dinâmica do casal é ditada por diversos fatores, inclusive a espiritualidade. A convivência pode alterar as energias do casal e fazer com que tudo mude de repente. Para não cessar o amor arde em ambos corações, conheça os serviços do Espaço Recomeçar e mantenha as energias equilibradas. Para saber mais clique aqui!