Fetiche sem Tabu: Descubra os tipos e como realizá-los sem medo

Terapeuta sexual e sexóloga Bárbara Bastos explica sobre as fantasias mais comuns

Falar em sexo já pode causar um estranhamento para muitas pessoas, e quando tocamos no assunto ‘fetiche’ parece um bicho de sete cabeças, mas não precisa ficar com vergonha ou entrar em desespero, pois é mais comum do que você imagina.

Mas antes de nos aprofundarmos no assunto, vamos entender melhor sobre o que é um fetiche. Nada mais é do que a atração sexual por objetos inanimados, partes do corpo ou alguma ação específica, e não há nada de errado em tê-los, faz parte da sexualidade humana, desde que não cause sofrimento ou prejuízo para quem sente, e para as pessoas envolvidas.

Precisamos apenas ficar atentos e ligar um sinal de alerta para quando essa passa a ser a única forma do indivíduo sentir prazer. Nessas situações é indicado buscar ajuda profissional, seja de psicólogos ou terapeutas sexuais.

Tipos de fetiches

Agora que já temos uma ideia sobre o que de fato é fetiche, chegou a hora de falarmos sobre os tipos. Já adianto que existe um universo de maneiras, algumas parecem extremas, outras nem tanto, literalmente para todos os gostos.

Mas neste artigo decidimos focar nos fetiches mais comuns entre os brasileiros, reunimos alguns super comentados.

Podolatria

Esse tipo de fantasia consiste em atração sexual por pés. E uma das práticas mais comuns é quando o fetichista tem seus genitais manipulados pelos pés do parceiro (a) até a ejaculação. Ou quando o desejo se manifesta ao ver fotos, tocando, beijando, cheirando e também lambendo.

Há casos (raros) de pessoas que sentem atração pelo próprio pé, mas as preferências variam de pessoa para pessoa: há quem goste de pés mais cheios, outros com dedos mais longos, outros com unhas feitas, outros com unhas sujas e até quem goste do odor do pé – chulé.

Exibicionismo

Pessoas que gostam de se exibir durante o ato sexual, seja mandando nudes, tendo relação em algum local possível de ser pego no flagra ou gravando e compartilhando vídeos sensuais.

Sexo à três

Como o nome já diz, é a atração sexual em fazer sexo não somente com 1, mas sim com mais 2 pessoas. Alguns casais recorrem a esse fetiche para “salvar” o casamento de crises e da rotina estabelecida, mas alguns pontos são importantes para decidirem por essa escolha.

A indicação é, não façam caso o relacionamento não esteja indo tão bem, ao contrário do que pensam, para um casal optar fazer sexo à três é importante que estejam muito felizes e seguros entre si, pois se não, pode acabar indo por um caminho indesejado.

BDSM

É um acrônimo para 6 palavras: Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo. Significa ter prazer fazendo o outro sentir dor (sadismo) ou sentindo a dor (masoquismo), além da submissão e dominação fazerem parte do ato.

Diferente do que muitos pensam, essa prática é gostosa para todas as pessoas envolvidas, já que se baseiam no SSC (são, seguro e consensual), inclusive por isso existe a “palavra de segurança” que é usada caso alguma das partes não esteja satisfeita.

Golden Shower

Também conhecido como “Chuva Dourada”, essa prática sexual consiste em urinar ou receber jatos de urina em partes do corpo durante a relação. A excitação com essa fantasia está atrelada a várias questões, algumas vezes ao entrar em contato com o líquido ou com o cheiro da urina.

Como e quando começar a falar de fetiches  com o parceiro (a)?

Como dito acima, fetiches não são errados e você não precisa se preocupar em tê-los, desde que não esteja tendo danos nem para você nem para outros. De qualquer forma, entendo que exista um certo receio em abordar com a parceria sobre seus interesses “diferentes”, mas quando se está em um relacionamento saudável e seguro não há motivo para medo do julgamento.

Converse com seu(sua) companheiro(a) sobre suas vontades e diga sua intenção em experimentar em conjunto, lembrando de ser um diálogo com muito respeito e compreensão.

Lembre-se de buscar ajuda profissional como terapia sexual caso seja necessário.

Texto escrito por Bárbara Bastos, Sexóloga e Terapeuta Sexual