Quando a internet trava, geralmente resolvemos o problema com um reset. Você desliga e reinicia o aparelho para que ele volte a funcionar. É como se permitíssemos uma “pausa restauradora” àquele gadget para que ele consiga restabelecer seu pleno desempenho.
Interessante observar, porém, que muitas vezes não fazemos o mesmo com a nossa própria mente.
É comum – principalmente na sociedade frenética e veloz que vivenciamos – ficarmos sobrecarregados de pensamentos, informações ou afazeres. Isso gera uma certa dificuldade para definirmos o que é prioritário ou até uma ansiedade em resolver alguma questão.
E se a gente pudesse fazer um reset mental para organizar as ideias?
Assim como com aquele aparelhinho tecnológico que trava e precisa de um “respiro”, nosso cérebro também precisa parar de vez em quando para, então, reiniciar com mais convicção.
Hoje proponho refletirmos sobre a importância desse reset, dessa desconstrução, para uma mudança real de hábitos, que passa por uma revisão sobre as relações sem sentido e as atitudes que adotamos perante os desafios da vida.
Em mindfullness é essencial entender que, de tempos em tempos, precisamos nos desconstruir para nos reconstruir. Afinal, o novo não consegue surgir se o velho está ocupando o seu lugar.
Acho oportuno falarmos sobre resetar a mente neste momento em que estamos projetando um ano novo e planejando um amanhã melhor.
Isso porque normalmente a gente tem dificuldade em aceitar que é preciso desconstruir algo. Ora, se trabalhamos tanto por aquele projeto ou dedicamos inúmeros esforços para viabilizar algo, acabamos não querendo desconstruir. É natural.
Mas também é necessário, pois inovação não é apenas uma opção, mas sim uma questão de sobrevivência.
São muitas as situações na vida em que precisamos mudar nossas estruturas para deixá-las mais fortes e preparadas para algo novo que vem por aí. E isso vale tanto para o âmbito pessoal quanto para o corporativo.
Visão para oportunidades
Inovar é desconstruir, libertar-se de preconceitos e crenças que limitam sua visão, enxergar oportunidades.
Ao observar o mercado mundial, é fácil encontrar companhias que, estagnadas em modelos ultrapassados, não conseguiram colocar inovação, transformação e fuga da zona de conforto em seu modo de operação.
O exemplo mais notório de derrocada por negar-se a inovação é a Kodak. A gigante do audiovisual duvidou que a câmera digital poderia ganhar a preferência do público. O fim da empresa é emblemático para a reflexão de que o grande desafio no mercado é conseguir superar velhas fórmulas e ter a inovação como ponto central da estratégia de negócios.
O livro “Desconstruindo o mindset e construindo inovação — usando a neurociência para alavancar resultados” de Solange Mata Machado, explica que “inovação significa gerenciar e desenvolver diferentes mindsets para diferentes atividades. As organizações inovadoras são ambidestras quando elas conseguem exploit e explore. Exploit é a capacidade organizacional de focar a eficiência operacional, o “incrementalismo”, criando melhorias contínuas para os negócios atuais. O explore busca novas oportunidades criando conhecimentos. O primeiro melhora e mantém o que se construiu no passado, enquanto o segundo olha para o futuro”.
Nesta obra – que recomendo muito a leitura – a autora mostra que o mindset de crescimento torna as pessoas mais persistentes e aptas aos desafios.
Desenvolver inteligência emocional e mindset de crescimento são atitudes fundamentais para quem quer aplicar uma mudança real em sua vida ou no seu negócio. Para desconstruir e inovar é preciso entender o poder que temos de transformarmos nossas histórias quando e onde quisermos.
Trazendo para o contexto pessoal, há um porém: quando não sabemos onde queremos chegar ou quem queremos ser, não conseguimos entender quais recursos são necessários para resetar nossa mente.
Dar um novo sentido à nossa vida e aos nossos ideais passa por uma jornada de autoconhecimento para que possamos ter clareza sobre nosso propósito.
Muitas pessoas se queixam de falta de oportunidades, dizem que trabalham muito e não são reconhecidas. Mas será que essas pessoas estão resetando suas jornadas e procurando inovar?
Saber aproveitar as oportunidades que se apresentam e, sobretudo, conseguir aprender com os esforços que não resultaram em sucesso fazem parte dessa desconstrução.
Inovar na crise
Tempos de crise geralmente são inspiradores, pois estimulam a busca por novas alternativas. O cenário que vivenciamos nos últimos dois anos, com a pandemia de covid-19, também foi de aprendizado e inovação.
Pessoalmente ou nos negócios, aprendemos sobre a necessidade de definir rapidamente novas estratégias. Em tempos de distanciamento social, a internet e as redes sociais passaram a ser fundamentais (de forma ainda mais acelerada) para gerar valor às marcas.
Quantas empresas foram impactadas por essa crise mundial e precisaram se reinventar? Será que todas conseguiram inovar na crise ou muitas ficaram pelo caminho?
São questões abertas para refletirmos sobre a importância da inovação, de estarmos dispostas a desconstruirmos para renovarmos. Algumas vezes, a realidade nos impõe desafios e situações em que inovar é o único caminho.
A questão é: quão disposta ou disposto você está a abrir mão de relações sem sentido, de atitudes sem resultados e de uma zona de conforto?
Da minha parte, desejo que desconstruir para inovar seja uma das suas metas para o novo ano!
Pratique o autoconhecimento, a inovação e a conexão com o seu propósito. E se precisar de ajuda para desenvolver essas habilidades, me envie um e-mail ou deixe um comentário para seguirmos nossa conversa.
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