Será cesárea, e agora?

Respire, aproveite o seu parto com uma cortina transparente e participe intensamente desse momento e tenha lindas fotos desse momento único!

Às vezes, a cesárea se faz necessária – ou ainda é uma escolha – e isso não faz de uma mamãe, menos mãe do que aquela que quer e pode ter um parto natural, não é? Mas, verdade seja dita, durante a cesárea, as mamães – e alguns papais que também acompanham o parto – na maioria das vezes se sentem afastados desse momento tão especial por não conseguirem acompanhar a evolução do procedimento, primeiro porque alguns médicos não relatam o que está acontecendo em cada momento da cesárea e, segundo, e mais importante, porque uma cortina de tecido separa a mulher do seu bebê.

Pensando em humanizar ainda mais esse momento único, a Dra. Elis Nogueira, ginecologista e obstetra, foi a pioneira a realizar no Brasil parto com o chamado “campo cirúrgico transparente”, que nada mais é do que uma cortina transparente, que permite aos pais assistirem o parto juntos, participando do nascimento do filho, inclusive do exato momento em que ele deixa a barriga da mamãe.

No começo, algumas maternidades estranharam a utilização do aparato, mas durou pouco. Os papais que antes, na maioria dos casos, se levantavam para ver o nascimento do filho, começaram a participar ao lado da mamãe, dando todo apoio possível e, juntos, presenciando o milagre da vida: o nascimento de um filho. E, sim, fiquem tranquilos! O campo cirúrgico transparente é esterilizado e, portanto, não há risco de infecção… E, sim, a visão é a mais linda possível, sem ver os cortes e nada de muito sangue, pois, para isso, toda a equipe é treinada com cuidado para proporcionar a melhor visão que o papai e a mamãe possam ter.

Novidade no Brasil, a Dra. Elis pesquisa há anos uma maneira de humanizar ainda mais o parto e, em 2017, ela descobriu que dois hospitais dos Estados Unidos, haviam realizado este parto. A partir de então pesquisou meios de realizar este parto aqui no país, de forma a fazer com que suas pacientes ficassem mais confiantes, tranquilas e que também participassem ainda mais da cesárea. Desde então, vem fazem diversos testes e experiências com materiais esterilizados, que a possibilitaram desenvolver o “campo cirúrgico transparente”, que será lançado em breve por um grande Hospital e Maternidade de São Paulo. Mas, o mais interessante é o resultado obtido com a família. A cesárea se torna uma cirurgia mais tranquila e harmoniosa para os pais, pois eles participam e enxergam todo o procedimento, interagem com os médicos e equipe, podem ver o nascimento e conseguem ter mais contato com o bebê.

“Após 20 anos de profissão, o que me motivou a desenvolver o “campo cirúrgico transparente” foi trazer mais confiança e tranquilidade para a mamãe que escolhe a cesárea, ou que, por algum motivo, não pode realizar o parto natural. É um momento especial na vida da família, repleto de expectativa, insegurança, medo e ansiedade. Conseguir humanizar ainda mais esse momento para que a mamãe tenha um parto mais calmo traz inúmeros benefícios a ela e ao bebê. Além disso, o momento do nascimento é um momento especial e singular para cada casal; é um privilégio que ela possa ver e eternizar o nascer de um filho”, conta Dra. Elis Nogueira.

Dra. Elis Nogueira é Ginecologista e Obstetra, e concluiu a graduação em medicina na Universidade de Mogi das Cruzes em 1999. Especializou- se em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo em 2004 e obteve o título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira – Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Posteriormente: obteve o título em Advanced Life Support in Obstetrics; especializou- se também em Ginecologia Endócrina, Ginecologia Infantopuberal, Contracepção e Planejamento Familiar, Climatério, e Patologia Cervical.

Atualmente é referência em parto normal, gravidez de alto risco e infertilidade; e também em cirurgia ginecológica, inserção de DIU de cobre e prata, SIU, tratamento do HPV e trombofilias. É membro de entidades médicas reconhecidas como a SOGESP – Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, da APM – Associação Paulista de Medicina, e FEBRASGO – Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia.

Faz parte do corpo clínico dos Hospitais e Maternidades: São Luiz, Pro Matre, Santa Joana, Albert Einstein, Sírio Libanês, Santa Catarina, Oswaldo Cruz, Samaritano, Santa Maria.