Recentemente a cantora Ivete Sangalo revela que precisará passar por um tratamento contra queda de cabelo, sequela que teve devido à Covid-19. “Está todo mundo com o cabelo caindo depois da Covid?” Indagou Ivete.
De acordo com pesquisadores de universidades do México, da Suécia e dos Estados Unidos, a queda de cabelo pós-Covid está entre as 5 sequelas mais comuns.
Ou seja, a cada 4 infecções, 1 paciente sofrerá desse problema que também é chamado de eflúvio telógeno. O eflúvio telógeno é, conforme o PEBMED, caracterizado pela perda de fios de forma difusa, sem afetar apenas uma área do couro cabeludo.
Segundo o tricologista, cabeleireiro e cosmetólogo Tharik Bonomo a hipótese mais aceita até o momento é que a infecção pelo novo coronavírus desencadeia um distúrbio chamado eflúvio telógeno, em que os fios que estão crescendo passam para a fase da queda precocemente.
Ele pode acontecer por vários motivos, entre eles infecções, baixa imunidade e estresse psicológico. Ou seja, fatores presentes na vida de quem contraiu a Covid-19. O resultado é uma espécie de colapso no organismo, capaz de culminar na alteração do ciclo capilar.
O estresse, por exemplo, é uma condição muito considerável que gera a queda de cabelo, isso se explica pelo aumento do hormônio cortisol na corrente sanguínea, afetar a digestão e a absorção de nutrientes no corpo, causando desequilíbrio de vitaminas e nutrientes essenciais para o crescimento e fortalecimento dos fios, fazendo com que o cabelo caia.
Tharik explica que o eflúvio telógeno não é uma consequência apenas da infecção pelo Coronavírus. Ele pode ocorrer por diversos fatores, como:
- estresse;
- traumas;
- deficiências nutricionais;
- estados febris;
- doenças endócrinas;
- drogas.
No caso da queda de cabelo pós-Covid, pode-se dizer ser um conjunto de muitas das causas acima. Afinal, durante a infecção há estresse, trauma, febre e deficiência nutricional, uma vez que o corpo retira nutrientes das unhas e dos fios para combater o vírus.
Existe também, uma sensibilidade aumentada no couro cabeludo de quem teve o Covid. Por esses motivos e outros, ao perceber alterações nos fios e no couro cabeludo, o ideal é buscar auxílio com um especialista no assunto, para que, além de indicar o melhor tratamento, o profissional pode certificar que não há nenhuma outra disfunção capilar que possa agravar a queda.
“Vale ressaltar que essa condição é passageira. O fio será recuperado, mas com um atraso de 3 a 6 meses. Enquanto isso, é recomendado que o cabelo seja lavado regularmente, por mais que ele caia durante a limpeza. Opte por xampu com controle de oleosidade, assim há uma diminuição da inflamação do couro cabeludo.” destaca o tricologista.
“Os tratamentos mais indicados são aqueles onde o paciente usa um tônico capilar que realiza o fortalecimento dos cabelos, evitando que ele caia. Também é possível fazer tratamento com especialista, LEDterapia ou em que são injetados ativos que irão diminuir a queda.” finaliza Tharik Bonomo.