Silvia Reis Klem, coordenadora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera Taboão da Serra, explica como funciona os dois produtos e alerta a forma correta de uso
Com a chegada do verão prevista para o dia 22 de dezembro e mais uma estação prevista com temperaturas acima da média, um dos grandes aliados nesse momento é o protetor solar. O mais popular entre os consumidores é a versão em creme e spray, entretanto, recentemente vem ganhando adesão o formato em cápsulas. Mas afinal, esse método substitui o convencional?
Silvia Reis Klem, coordenadora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera Taboão da Serra, explica que o filtro solar em cápsula contém ingredientes como extrato de Polypodium leucotomos, carotenoides derivados da Vitamina A, antioxidantes como Astaxantina e Resveratrol, Pycnogenol, Tocoferol e Polifenóis.
“O protetor solar oral diminui os efeitos do sol na pele, atuando de maneira sistêmica na proteção do DNA das células. No entanto, é importante notar que não há comprovação científica de que substitua a eficácia dos filtros convencionais em loção, creme, gel ou spray. Recomenda-se utilizar como um complemento ao protetor solar tradicional”, destaca Klem.
A especialista explica que tanto o protetor solar convencional quanto o em cápsula são essenciais, especialmente durante o verão. “Recomenda-se para pacientes com melasma, sendo benéfico para a manutenção da pele e saúde. As cápsulas, em particular, são aliadas na prevenção do fotoenvelhecimento, com propriedades antioxidantes e a capacidade de inibir enzimas que degradam o colágeno”.
Silvia Klem enfatiza que ambos desempenham papéis complementares, com as cápsulas potencializando a proteção contra a radiação ultravioleta. A recomendação é utilizar ambos em conjunto, criando uma abordagem sinérgica para uma defesa abrangente e eficaz contra os efeitos nocivos do sol.
Os protetores solares tópico e oral não são intercambiáveis, e seus benefícios são complementares. Enquanto o protetor tópico cria uma barreira física e química contra os raios UV na pele, as cápsulas combatem os radicais livres internamente, resultantes da exposição solar.
Embora produtos à base de vegetais tenham poucas contraindicações, é crucial evitar o uso sem supervisão dermatológica. “A avaliação individual durante uma consulta permite orientações personalizadas. Não é indicado para grávidas, crianças abaixo de 12 anos e pessoas alérgicas a certos componentes. Consultar um dermatologista antes do uso de protetor em cápsula é altamente recomendado”.
Essa abordagem integral, usando tanto o protetor solar convencional quanto as cápsulas, é crucial para preservar a saúde da pele e garantir uma proteção completa contra os danos solares. Silvia Reis Klem reforça a importância de consultas dermatológicas para orientação adequada sobre o uso desses produtos.