Especialista explica o porquê de o leite materno ser fundamental para a saúde, tanto do bebê quanto da mãe
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomendam a amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida da criança e ainda, propõe seguir com a amamentação em paralelo à introdução alimentar até pelo menos os dois anos de vida da criança. Essas recomendações se dão pelos grandes benefícios que o leite materno proporciona ao bebê, por tratar-se do alimento mais completo que ele precisa ao longo de seu crescimento.
O leite materno, além de ser de fácil digestão, se ajusta constantemente às necessidades do bebê, promovendo o desenvolvimento emocional, cognitivo e nutricional adequado. Além disso, previne doenças respiratórias, alergias, diarreia, obesidade infantil, entre outros problemas.
Entre tantos nutrientes presentes no leite materno, a vitamina B12 e o ácido fólico são um dos mais importantes, responsáveis pela produção de glóbulos vermelhos que cuidam do transporte do oxigênio pelo sangue. Ele contém ainda o ácido Docosa-Hexaenoico, mais conhecido como DHA, que é responsável pelas conexões dos neurônios e faz parte do Ômega-3, nutriente importante para a prevenção de doenças neurológicas. Pesquisas realizadas ao redor do mundo comprovam que as crianças que recebem o leite materno têm aumento considerado do seu QI.
De acordo com a consultora em aleitamento materno parceira de Philips Avent, Eneida Souza, os benefícios da amamentação também se estendem à mãe. Além de construir e manter o vínculo com o bebê, promove a contração do útero nas primeiras semanas, previne o sangramento pós-parto e câncer de mama e do colo do útero. A amamentação também ajuda no retorno ao peso adequado uma vez que, para a produção do leite materno a mãe perde de 600 a 800kcal por dia. O processo reduz também o risco de desenvolver diabetes tipo 2, artrite reumatoide e doenças cardiovasculares, incluindo o colesterol alto e hipertensão arterial.
“A amamentação pode ser muito desafiadora para algumas mulheres, mas, diante de tantos benefícios, vale muito a pena tentar seguir com esta proposta de alimentação para os bebês. Para as mães que, por algum motivo, não podem amamentar seu bebê direto do peito, a recomendação é fazer o uso de extratores de leite manuais ou elétricos e armazenar o leite em potes próprios sem BPA ou frascos de vidro”, explica a consultora.
De acordo com a profissional, vale adquirir extratores de leites que tenham encaixe com os potes de armazenamento para evitar possíveis contaminações no processo de extração e manipulação do leite.