O mês de março reforça a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de intestino. O tumor colorretal abrange a região do intestino grosso, reto e o ânus. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer colorretal é o segundo tumor mais incidente entre os homens no Brasil (perde para câncer de próstata) e entre as mulheres (atrás do câncer de mama). Anualmente são diagnosticados aproximadamente, 40 mil novos casos, entre homens e mulheres.
A incidência desse tumor está muito associada ao estilo de vida. Cerca de 30% do total dos casos registrados estão relacionados a fatores alimentares — como o consumo excessivo de carne vermelha, ou seja, mais de 500 gramas por semana, e a ingestão de alimentos processados. Sedentarismo e obesidade também contribuem para aumento da incidência de câncer no intestino, assim como alcoolismo, tabagismo, idade acima de 50 anos e doenças crônicas de intestino, são fatores de risco. Cerca de 10% dos casos de neoplasia colorretal tem correlação com fatores genéticos e hereditários. Através da colonoscopia se identifica alteração do cólon ou reto e a biópsia confirma o diagnóstico.
“Um pólipo benigno no intestino pode passar a crescer ao longo dos anos, sofrer alterações no seu DNA e se transformar em lesão maligna. Por isso, existe a recomendação de se fazer colonoscopia após 45 anos como forma de rastreio. Para quem tem casos de câncer de intestino na família está recomendação pode ser antecipada”, explica a médica Cristiane Mendes, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
Manter o peso corporal adequado, combater o sedentarismo com prática de atividade física regular, inserir na rotina alimentar fibras e em contrapartida diminuir o consumo carne vermelha são práticas que diminuem o câncer de intestino. O cessar álcool e tabagismo também devem ser encorajados.
Os sinais e sintomas mais frequentes relacionados a neoplasia de intestino são sangramento nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia e até perda de peso sem causa aparente. “Em casos selecionados associamos imunoterapia ou terapia alvo, ou seja, tratamento guiado por alguma alteração genética identificada no tumor”, acrescenta a oncologista.