Hepatites virais também atingem crianças e adolescentes

Estima-se que 52 milhões de crianças vivam hoje com hepatites virais. Delas, 4 milhões estão infectadas pela hepatite C, segundo a Center for Disease Analysis Foundation

Tratamento com medicamentos de última geração, de comprimido único diário, entrega taxas de cura de até 99%

Você sabia que as hepatites também podem afetar crianças e adolescentes? Diferentemente do que muitos pensam, eles também podem ser acometidos por qualquer um dos cinco tipos de hepatites virais A, B, C, D ou E. O que poucos sabem é que a hepatite C, ao contrário de outras doenças graves, tem cura.

Segundo o Dr. Eric Bassetti, gastroenterologista e diretor médico associado da Gilead Sciences, as hepatites são consideradas “doenças silenciosas” e geralmente não apresentam sintomas. A evolução de cada uma delas varia de acordo com o tipo de vírus.

Sobre a transmissão da hepatite C, o médico afirma que ocorre basicamente por duas vias: parenteral (através do sangue, ou seja, mediante agulhas, práticas cirúrgicas, transfusões ou transplantes) ou vertical (infecção ou doença transmitida de mãe para o feto no útero ou para o recém-nascido durante o parto). Porém, o risco de uma mãe infectar o filho durante a gravidez é baixo, variando de 4 a 7%, aumentando quando a mãe está coinfectada com o HIV. “É importante ressaltar que a amamentação é segura. Portanto, evitá-la, além de ser prejudicial para a criança, não impacta o risco de transmissão do vírus da hepatite C”, comenta.

Segundo Dr. Bassetti, a transmissão da hepatite C durante a gestação ocorre no período intrauterino tardio ou intraparto. A infecção não é motivo para a realização de cesariana, entretanto um trabalho de parto prolongado, acima de 6 horas, pode aumentar o risco de transmissão. “Por isso, realizar todos os exames e testes durante a gestação é de extrema importância”, finaliza.

Tratamento em crianças e adolescentes

A boa notícia é que, diferentemente de outras doenças graves, a hepatite C tem cura.

A Anvisa anunciou recentemente a aprovação do medicamento Harvoni® (ledipasvir 90 mg/ sofosbuvir 400 mg), da Gilead Sciences, para tratamento da infecção crônica do genótipo 1 em crianças acima de 12 anos.

“O tratamento alcança taxas de cura de até 99% e com ótima segurança, com leves efeitos adversos, além de ser uma medicação de uso oral, uma única vez ao dia, por doze semanas”, explica.