Glaucoma: entenda para prevenir a segunda maior causa de cegueira no mundo

Em 26 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, doença que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), deve atingir mais de 111 milhões de pessoas no mundo até 2040. Já de acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em dezembro de 2019, há mais de 6,5 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência visual, deste total, 600 mil pessoas são cegas. Atenta e sempre desenvolvendo soluções para à saúde dos olhos, a ZEISS, líder mundial em tecnologia voltada à visão, alerta sobre a importância do diagnóstico precoce do glaucoma, conhecido como uma doença silenciosa que evolui para à cegueira. Confira abaixo algumas dicas do oftalmologista Jayter Silva de Paula, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, médico parceiro da ZEISS.

O que é o glaucoma

O glaucoma é uma doença progressiva do Nervo Óptico, cujas lesões são causadas grandemente pelo aumento da pressão intraocular, levando ao comprometimento visual. Em mais de 80% dos casos, se não for tratado, pode evoluir para perda total da visão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,4 milhões de novos casos de glaucoma são registrados anualmente, o que totaliza 60 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, a doença atinge pelo menos 1.2 milhão de pessoas acima dos 40 anos.

Tipo de glaucoma

Existem diversas formas de glaucoma, sendo que o mais comum é o ‘glaucoma primário de ângulo aberto’ (crônico), causado por uma alteração funcional na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso (líquido incolor e transparente, que nutre a córnea e o cristalino, e participa da regulação da pressão intraocular) e aumenta a pressão intraocular. Já o ‘glaucoma primário de ângulo fechado’ pode ocorrer de forma aguda, quando a saída do humor aquoso é subitamente bloqueada, originando um aumento rápido, doloroso e grave na pressão intraocular.

O ‘glaucoma congênito’, como o nome já diz, é herdado geneticamente e pode se apresentar logo ao nascimento. Este tipo de glaucoma é considerado raro e se descoberto, deve ser tratado imediatamente. Outras formas de glaucoma, como os ‘glaucomas secundários’ costumam ser causados principalmente pelo uso de medicamentos, como corticosteroides, por traumas e por outras doenças oculares e sistêmicas, como as inflamações oculares graves.

Principais sintomas

Por ser uma doença assintomática em grande parte dos casos, a perda da visão só acontece em casos mais avançados da doença, comprometendo usualmente a visão periférica. Depois, o campo visual vai piorando progressivamente, podendo gerar uma visão tubular e, subsequentemente, cegueira se não for diagnosticada em tempo e tratada. Menos frequentemente, alguns outros sintomas apresentados acabam se confundindo com outras doenças oculares, por exemplo: dor grave e súbita em um olho, visão diminuída ou embaçada, náusea e vômito, olhos vermelhos, aumento de um olho ou de ambos os olhos (crianças), alta sensibilidade à luz, dentre outros.

Como é feito o diagnóstico

Somente o médico oftalmologista pode realizar o diagnóstico correto, por meio de exames de fundo de olho, medidas da pressão intraocular e detecção de outras alterações no nervo óptico, para então confirmar a doença.

Para um diagnóstico mais rápido, é importante realizar consultas regularmente com o oftalmologista, lembrando-se sempre de avisá-lo sobre possíveis sintomas e há quando tempo apareceram; histórico familiar da doença; doenças pré-existentes consideradas fatores de risco, diabetes, problemas cardíacos, hipertensão e hipertireoidismo; bem como medicações de uso contínuo ou rotineiro.

Tratamento

O tratamento indicado vai depender do tipo e de quão severo é o glaucoma. Por isso, diagnosticar a doença com precisão, bem como identificar rapidamente sua progressão é fundamental.

Nos casos de glaucoma de ângulo aberto, o tratamento mais comumente indicado é baseado no uso de colírios que reduzem a pressão intraocular. Já para o glaucoma de ângulo fechado, além do uso dos colírios, podem ser realizadas medicações por via oral ou endovenosa. Enquanto nos casos de glaucomas congênito e aqueles mais graves que não respondem ao tratamento medicamentoso, se faz necessário realizar procedimento cirúrgico.

Para auxiliar os oftalmologistas no diagnóstico e tratamento do pacientes com glaucoma, a ZEISS, líder mundial em tecnologia voltada à saúde ocular, desenvolve a plataforma ZEISS FORUM®️ Glaucoma Workplace, que permite o acompanhamento dos exames de campo visual e tomografia de coerência óptica (OCT), mostrando toda evolução no tratamento, com análise de estrutura e função. Ideal para o atendimento clínico, permitindo ao médico visualizar em uma única tela o estágio do glaucoma e eventual progressão da doença, possibilitando uma tomada de decisão rápida e segura.