Escapes de urina, mesmo em pequenas quantidades, durante o dia ou à noite, podem ser indícios de incontinência urinária. A condição também tem como característica perda de urina ao rir, tossir e fazer esforços, além de vontade súbita de urinar, muitas vezes não dando tempo de a pessoa chegar ao banheiro.
Estima-se que a incontinência urinária atinja cerca de 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos. Apesar de muitas pessoas acreditarem ser comum a perda de urina na gravidez e na terceira idade, o problema também deve ser tratado nesses casos.
Segundo a fisioterapeuta pélvica, Danielle Simões, a incontinência urinária não deve ser negligenciada. Muitos pacientes sofrem calados, afastando-se de compromissos sociais com medo dos escapes de urina.
A especialista ressalta que a incontinência urinária é comum depois de uma certa idade ou após a gravidez, mas está aparecendo em uma grande crescente entre mulheres jovens, principalmente as que praticam exercícios com impacto como corridas e crossfit. “A doença deixou de ser um problema de pessoas idosas há algum tempo. Hoje é muito comum encontrar mulheres com essa queixa e isso não precisa ser tabu. A incontinência pode vir de diversas causas, como: fraqueza de musculatura pélvica ou a hiperatividade da mesma”.
Danielle explica que o sucesso do tratamento depende muito de uma avaliação especifica e minuciosa pois a mesma patologia pode ser proveniente de duas situações opostas da musculatura e cada uma tem um tratamento específico.
“O tratamento vai desde técnicas para fortalecimento da musculatura de assoalho pélvico, eletroterapia, biofeedback, técnicas de relaxamento da musculatura pélvica com analgesia, liberação miofascial, tecnologias de estimulo de colágeno e elastina intravaginal como ultrassom microfocado intravaginal ou laser entre outras técnicas”, finaliza a especialista.