Dia 30 de abril, é celebrado o Dia Nacional da Mulher, que é símbolo de força, perseverança e determinação. Para comemorar essa data precisamos ressaltar sobre a importância dos cuidados com a saúde ginecológica dessa mulher que é mãe, filha e esposa.
Uma pesquisa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) mostra que pelo menos 5,6 milhões de brasileiras não costumam ir ao ginecologista-obstetra, 4 milhões nunca procuraram atendimento com esse profissional e outras 16,2 milhões não passam por consulta há mais de um ano.
Segundo a pesquisa Expectativa da Mulher Brasileira Sobre Sua Vida Sexual e Reprodutiva: As Relações dos Ginecologistas e Obstetras Com Suas Pacientes, o resultado mostra que 20% das mulheres com mais de 16 anos correm o risco de ter um problema sem ao menos imaginar. Foram entrevistadas 1.089 mulheres de 16 anos ou mais de todas as classes sociais, em todo o país.
Entre as mulheres que já foram ao ginecologista, seis a cada dez (58%) são atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto 20% passam pelo médico particular e outras 20% têm plano de saúde. Quando questionadas sobre qual especialidade médica é a mais importante para saúde da mulher, 68% citam a ginecologia, principalmente por mulheres que usam atendimento particular ou convênio. Em seguida, mencionam clínica geral e cardiologia.
Segundo o ginecologista, Ronaldo Oliveira a razão da primeira consulta da mulher não deveria ser por problemas ginecológicos ou gravidez. “Acredito que falta da parte dos educadores e dos médicos esclarecer que a mulher deve ir na primeira consulta assim que iniciar seu período de vida menstrual ou até antes disso para entender quais são os eventos de amadurecimento puberal que ela tem para que possa ter noção de como deverá ser a sua habitualidade menstrual, para receber orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis, iniciação sexual, métodos contraceptivos”, ressaltou.
Além disso, Ronaldo acredita que a falta de contato com o profissional pode estimular casos de gravidez não planejada no Brasil. “A gente sabe que existe uma vulnerabilidade em relação aos métodos contraceptivos das mulheres que estão no início da vida sexual, têm baixa escolaridade e são de classes econômicas menos favorecidas. Mas é necessário estar em consulta pelo menos uma vez no ano para saber como está a saúde ginecológica”.
O especialista também ressalta que as mulheres maduras precisaram estar nos consultórios para fazer exames de mamografia, Papanicolau, ultrassom das mamas e acompanhar como estão os hormônios por conta da menopausa. “É essencial estar no médico. Precisamos acompanhar as mulheres desde a adolescência até a melhor idade para trazer uma vida tranquila e saudável sempre”, finaliza.