Câncer de esôfago: dez possíveis sintomas para ficar alerta

No mês de conscientização da doença, Abril Azul reforça importância da prevenção e diagnóstico precoce. Oncologista comenta quais são os fatores de risco e hábitos saudáveis para colocar na rotina

Abril Azul traz um alerta sobre a prevenção do câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago), doença com alta mortalidade devido ao diagnóstico tardio. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) é o 6° tipo de câncer mais frequente entre os homens e o 15º nas mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma.

“Os fatores de risco relacionados ao tipo de neoplasia são: idade, sexo masculino, alto consumo de álcool, tabaco, doença do refluxo gastroesofágico, dieta pobre em verdura e vegetais e rica em carnes processadas, dentre outros “, diz Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.

“Existem dois tipos de câncer de esôfago, o adenocarcinoma, que começa nas glândulas desse órgão e está associado à doença do refluxo e ao esôfago de Barrett, e o carcinoma de células escamosas – responsável pela maioria dos casos – associado ao fumo e ao consumo de álcool”, reforça o médico. Outros tipos de câncer também podem ocorrer no esôfago, incluindo linfomas, melanomas e sarcomas. “Mas, eles são muito raros”, aponta.

Possíveis sintomas

Em sua fase inicial, o câncer de esôfago é assintomático. Porém, com a progressão da doença, podem surgir sinais como:

– Dificuldade ou dor ao engolir;

– Dor retroesternal (atrás do osso no meio do peito);

– Perda de apetite e peso;

– Sensação de obstrução à passagem do alimento;

– Dor torácica;

– Náuseas;

– Vômitos;

– Tosse crônica;

– Soluços persistentes;

– Rouquidão

“Na maioria das vezes, a dificuldade de engolir (disfagia) e a perda de peso já sinalizam doença em estado mais avançado”, comenta Dr. Carlos Fruet.

Prevenção e tratamento

A prevenção do câncer de esôfago está diretamente correlacionada aos hábitos de vida saudáveis. “Evitar fumar e não se expor ao tabagismo passivo, não consumir excessivamente bebidas alcoólicas, ingerir mais frutas e vegetais e menos carne vermelha e gorduras, manter o peso corporal adequado, utilizar preservativo durante a relação sexual para prevenção da infecção pelo Papilomavírus humano (HPV), optar por bebidas quentes com temperaturas inferiores a 60 graus e, principalmente, identificar e tratar a doença do refluxo gastroesofágico”, conta o oncologista.

Já o tratamento da doença vai depender do estadiamento e do quadro clínico do paciente, podendo ser feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinadas. “Em cânceres avançados, a quimioterapia e a imunoterapia formam a base do tratamento”, finaliza o médico da Oncoclínicas Ribeirão Preto