O aleitamento materno é a estratégia que isoladamente mais previne mortes em crianças menores de cinco anos, visto que o leite materno é superior a qualquer outro leite nessa fase da vida, pois é um alimento completo que possui todos os nutrientes que o bebê precisa, sendo de mais fácil digestão.
Além de alimentar o bebê, o leite materno possui anticorpos que o protegem contra diversas doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias.
Para a criança, o aleitamento materno reduz o risco de diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia e obesidade na vida adulta, favorece o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento da face e da fala, bem como da respiração, e para a mãe fornece vantagens como proteção contra câncer de mama e diabetes tipo 2, além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho.
Segundo Eliza Carvalho, fonoaudióloga, a composição do leite materno é naturalmente balanceada com carboidratos, lipídios, proteínas, água, substâncias anti-inflamatórias, antimicrobianas, enzimas e anticorpos. É basicamente o alimento perfeito para o bebê, pois garante, nutricionalmente, tudo que ele necessita.
“Durante a amamentação, a atividade metabólica da mulher aumenta e ela gasta mais calorias. Por isso, é fundamental que a mãe se alimente bem e com alimentos saudáveis. Investir no consumo de proteínas, como carnes magras, ovos e leguminosas, além da ingestão de fibras, pois proporcionam saciedade”, explica Carvalho.
Eliza também alerta sobre o perigo de tomar qualquer remédio por conta própria quando se está amamentando, ainda que seja um medicamento fitoterápico. “É sempre importante conversar com o médico e ter uma orientação sobre o que pode ou não ser consumido no período da amamentação”.
Além de essencial para o bebê, amamentar também é bom para a saúde da mulher, pois reduz o sangramento pós-parto e as chances de desenvolver câncer de mama, ovário, diabetes e infarto do coração. A amamentação ainda ajuda a eliminar o peso ganho durante a gravidez.
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- A amamentação não deve doer e nem machucar o peito. Se está machucando, é importante procurar ajuda em uma Unidade de Saúde
- Ofereça somente leite materno até os 6 meses de vida do bebê. Não dê água, chás, outros leites ou qualquer outro alimento nesse período.
- O leite materno nunca é fraco, ele é sempre adequado ao desenvolvimento do bebê. Nos primeiros dias, a produção é pequena e esse leite, chamado de colostro, tem alto valor nutritivo, suficiente para atender às necessidades do bebê.
- Nos primeiros meses, o bebê ainda não tem horário para se alimentar. Ele deve mamar sempre que quiser.
- A pílula contraceptiva só pode ser administrada 40 dias após o nascimento da criança. Deve-se ter atenção na composição do medicamento, pois nem todos são liberados durante a amamentação.
- Encontre um lugar reservado em casa, tire o sutiã e tome sol nos seios. Os médicos indicam uma exposição de dez minutos por dia. O horário ideal é entre 8h e 10h ou entre 15h e 16h.
- Evite sutiãs ou cintos de segurança que comprimam muito a mama, a pressão favorece a retenção láctea.
- Não use medicamentos sem prescrição de um médico. Alguns podem interferir na amamentação. Também é preciso ter cuidado com produtos cosméticos, inclusive protetor solar, e verificar se o uso é indicado.
- Não é recomendado fazer dietas restritivas para emagrecimento. A mulher que amamenta precisa ter uma alimentação saudável.
- A orientação é não consumir bebidas alcoólicas e cigarros.
A profissional ainda alerta que uma mãe precisa e necessita ser ouvida individualmente e que precisa de uma rede de apoio neste período pós-parto. “Bebês precisam de atenção, carinho, paciência e ajuda para começar a compreender a rotina, os sentimentos, as dificuldades”.
Eliza ainda aponta que caso a mãe não souber o que fazer, é importante refletir sobre como está a rotina dela e da criança e o que pode estar acontecendo de diferente. “Às vezes um choro é só um choro”, ressalta.