Alopecia Androgênica

Um Desafio Silencioso para Milhares de Mulheres no Brasil

A alopecia androgênica, popularmente conhecida como calvície de padrão feminino, atinge cerca de 20 milhões de mulheres no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No cenário nacional, celebridades como as atrizes Deborah Secco e Claudia Rodrigues já falaram abertamente sobre suas lutas contra essa condição. Apesar de ser mais comum entre os homens, a alopecia afeta uma parcela significativa da população feminina, trazendo impactos não apenas físicos, mas também emocionais.

A dermatologista Silvia Quaggio alerta para a importância de reconhecer os primeiros sinais da alopecia. “As mulheres costumam perceber um afinamento progressivo dos fios no topo da cabeça e na linha frontal do couro cabeludo. A perda de volume é gradual, mas constante, o que pode levar à redução drástica da densidade capilar se não tratada a tempo”, explica a médica.

Como Identificar a Alopecia Androgênica

A alopecia androgênica nas mulheres geralmente se manifesta de forma mais sutil do que nos homens. Entre os sinais mais comuns, estão:

  • Afinamento progressivo dos fios, especialmente no topo da cabeça;
  • Aumento da visibilidade do couro cabeludo;
  • Redução do volume capilar;
  • Dificuldade em manter penteados ou volume natural dos cabelos.

Prevenção e Tratamento

Embora a alopecia androgênica tenha forte influência genética, há medidas preventivas que podem ser adotadas para minimizar o impacto. Silvia Quaggio recomenda a adoção de uma dieta equilibrada, rica em vitaminas como biotina e zinco, que ajudam na saúde capilar. “Além disso, evitar o uso excessivo de produtos químicos e calor nos fios também é fundamental para proteger a saúde dos cabelos”, ressalta.

Quando a doença já se manifesta, é possível amenizar seus efeitos com tratamentos clínicos. “O uso de minoxidil tópico e antiandrogênicos, como a finasterida, tem se mostrado eficaz para muitas pacientes”, afirma a dermatologista. Outros tratamentos incluem a terapia com luz de baixa intensidade,  microagulhamento, MMP( micro infusão de medicações no couro cabeludo, lasers e terapia regenerativa através dos exossomos ou terapia regenerativa autóloga que estimulam o crescimento capilar, reduzem o afinamento capilar.

Dicas para Reduzir os Efeitos da Alopecia

Além dos tratamentos dermatológicos, algumas dicas podem ajudar as mulheres a lidar com os efeitos da alopecia:

  1. Evite penteados que puxem os fios – Evitar penteados como rabos de cavalo muito apertados pode ajudar a reduzir a queda.
  2. Cuidados com a lavagem – Utilizar shampoos suaves e evitar lavar os cabelos com água muito quente pode diminuir o ressecamento e a quebra.
  3. Produtos específicos – Utilize produtos formulados para fortalecer os fios e promover o crescimento capilar.

Com um diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível minimizar significativamente os efeitos da alopecia androgênica e manter a autoestima. Como Silvia Quaggio conclui: “A queda de cabelo pode ser devastadora para a mulher, mas existem soluções. O mais importante é procurar ajuda cedo e não negligenciar os sinais.”