Mês destinado ao aleitamento materno tem como tema, este ano, o incentivo por parte de toda a rede de apoio da família
O nascimento do bebê é cercado de alegrias, surpresas e dúvidas. Pais de primeira ou de múltiplas viagens podem se sentir inseguros em relação a diferentes temas da parentalidade – incluindo a amamentação. O mês de agosto é conhecido mundialmente como o mês dourado, de incentivo ao aleitamento materno, com reforço especial na primeira semana. Para 2021, a Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno traz como tema a responsabilidade compartilhada.
“A amamentação não é uma responsabilidade exclusiva da mãe. É um cuidado de saúde pública, uma vez que é essencial para o primeiro ano de vida da criança, reduz a mortalidade e a desnutrição infantil e, consequentemente, para a saúde coletiva”, destaca Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra da Unifesp e consultora de amamentação.
Para conseguir amamentar, a mulher precisa estar tranquila, descansada, bem alimentada e hidratada. O pai tem papel fundamental na amamentação, seja ao proporcionar à mãe o ambiente tranquilo que ela precisa para conseguir alimentar o bebê, seja incentivando-a a não desistir, mesmo diante das dificuldades que possam surgir.
Cinthia lembra que a rede de apoio é importante para que a mãe não desanime diante das dificuldades. Essa rede inclui o pai, os avós, os amigos e até o pediatra do bebê. Mas, não são os únicos: toda a sociedade pode contribuir ao dar condições para que a mãe amamente.
A rede de apoio é essencial para o aleitamento materno. A mulher precisa ter a proteção do aleitamento em todos os âmbitos, seja em casa, com a família e, até mesmo, os vizinhos; no trabalho, amparada pelas leis; na imprensa, com a divulgação de informações corretas sobre o assunto etc.”.
“Uma das principais dificuldades das lactantes, em especial as de classe mais baixa, está em dar continuidade ao aleitamento materno ao fim da licença maternidade. Muitas empresas não contam com um ambiente adequado para que ela possa fazer a ordenha e guardar o leite para o bebê, por exemplo.”
Sendo a amamentação uma responsabilidade compartilhada, a torcida é para que a partir desta campanha de conscientização mais locais passem a estimular e colaborar com o aleitamento materno.