Trabalhando em parceria com as mais renomadas e sofisticadas grifes do mercado de perfumaria, como Armani, Burberry, Chanel, Dior, Guerlain, Hermés, Marc Jacobs e Mont Blanc, e presente em mais de 50 países com 14 centros criativos nas principais metrópoles mundiais, a francesa Robertet é líder mundial em matérias-primas naturais e uma das principais casas de fragrâncias do mundo. Essa história começou a ser construída em Grasse, capital dos perfumes na França há 167 anos e desde então cultiva o primor de suas criações com sua expertise em naturais. Em solo brasileiro desde 1963, a empresa faz história criando cheiros que se adéquam ao mercado e cativam os consumidores.
Porém, criar e desenvolver cheiros não é tarefa fácil. De acordo com Cynthia Crespo, gerente da Divisão de Fragrâncias, as etapas envolvem pesquisa de mercado, avaliações de tendências mundiais, perfil de consumidor e entendimento dos hábitos do público alvo, para que a fragrância tenha sucesso no produto. “O olfato é o mais primitivo e subjetivo dos sentidos. Cada pessoa desenvolve através de suas experiências de vida diferentes memórias olfativas, que quando acionada através do cheiro, desperta reações e sentimentos que se diferenciam de pessoa para pessoa. Quando trabalhamos no desenvolvimento de uma fragrância, nosso grande desafio é despertar uma sensação positiva daquele cheiro no maior número de pessoas possíveis, desta forma, conseguimos contribuir para o sucesso do produto despertando uma sensação de bem-estar no consumidor”, explica Cynthia.
Como nasce um perfume
Cada fragrância tem sua própria história. Com base em um detalhado briefing do público alvo e da categoria de produto que a fragrância irá perfumar, inicia-se a construção do perfume. “Dispomos de diferentes informações que nos fazem partir de um ponto inicial para a criação do cheiro. Este cheiro é pensado em três etapas que compõe a pirâmide olfativa. As primeiras notas que identificamos no perfume, são chamadas de ‘cabeça’ ou notas de saídas. A segunda, chamada de ‘corpo’ ou nota de coração, é a assinatura da fragrância. Por último, temos a ‘base’ ou as notas de fundo do perfume que é responsável pelo residual do cheiro na pele e pela duração do perfume”, explica Cynthia Crespo.
Perfume X Água de colônia
A qualidade e origem da matéria-prima interferem e muito na qualidade do produto, assim como a concentração presente em cada frasco. O perfume na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, tem concentração de 10% a 35%, enquanto no Brasil a média é de 18% a 35%. Já o Eau de Parfum que por aqui tem a concentração de 12% a 18%, no exterior varia de 15% a 20%.
Mito
Será mesmo que existe um perfume ideal para cada tipo de pele? A gerente de fragrâncias explica que se trata de um mito. “O que acontece é que a química da pele muda de pessoa para pessoa, podendo destacar ou apagar algumas notas e ingredientes conforme sua composição e isso não classifica o perfume como ideal, uma vez que quando trata-se de cheiro, cada um tem sua individualidade e preferência” ressalta Cynthia.
Um perfume para cada estação
Há uma movimentação no mercado com perfumes que são lançados para épocas específicas do ano. De acordo com a Robertet, a democratização do cheiro e a mudança de perfil de consumidor, enfraqueceu este movimento, porém ainda vemos marcas que lançam cheiros mais frescos, cítricos, florais transparentes, frutais leves e verdes no verão, assim como lançam fragrâncias mais orientais, gourmand, florientais, aromáticas e amadeiradas em períodos mais frios.
Preferência feminina X Preferência masculina
Claro que as notas florais e frutais reinam soberanas nas fragrâncias femininas, pois caracterizam a delicadeza das mulheres. Nos homens vimos grandes movimentações das madeiras, fougere e aromáticos, porque trazem virilidade e força. Porém, a democratização do cheiro e a tendência genderless tem impulsionado uma criatividade maior nas fragrâncias, permitindo uma mudança neste perfil.
Cheirinho brasileiro
A América do Sul representa 10% das vendas do grupo Robertet e o Brasil se consolida como o principal país no cenário de crescimento da região. “O alto consumo em cosméticos e perfumes e a diversidade cultural do nosso mercado o torna muito atrativo e relevante. Como exportadores de tendências, também somos referência mundial em qualidade de produtos”, explica Francisco Marques, diretor geral da Robertet.
Percebendo o potencial do Brasil, que obteve um crescimento de 58% em 2016, a empresa tem planos ousados de investimentos no país que acontecerão até 2019. “O Brasil é um mercado atraente e promissor. Estamos há mais de 50 anos fazendo história e construindo relações de parceria com nossos clientes. O brasileiro é exigente, merece e quer o melhor e estamos aptos a atender esta demanda de forma rápida e eficaz, com muita qualidade” completa Marques.
Além do perfume
Preocupada com o meio ambiente, a Robertet integra todas as etapas do processo criativo: semear, colher, transformar, extrair, refinar e revelar seus ingredientes na composição das fragrâncias, e por isso aprendeu a ouvir e respeitar a natureza agindo de forma sustentável. “Temos parcerias com diversos produtores ao redor do mundo que seguem uma política comprometida com a Preservação do Meio Ambiente. Assim, temos a garantia que todos os processos, presentes e futuros, atendam as normas, legislações e outros requisitos que colocam a saúde do meio ambiente em primeiro plano”, comenta Francisco Marques.
Escola de perfumistas
Localizada em Grasse, costa sul da França, a escola de perfumaria da Robertet tem revelado talentos para serem aproveitados no grupo, treinando profissionais que se tornam nossos perfumistas. “Nossa escola é presidida por Michel Almairac e os cursos são ministrados por dois mestres perfumistas: Jean-François Latty e Jacques Flori e, esse ano forma sua 4ª turma de graduação”, ressalta o diretor geral da Robertet.