Em 3 de junho, é comemorado o dia do profissional de Recursos Humanos, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), para homenagear os que trabalham com o objetivo de proporcionar qualidade de vida aos colaboradores da empresa. Neste dia, os especialistas que atuam no setor de RH celebram por serem os responsáveis por todo capital humano de uma organização. De acordo com a professora do curso de administração, da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, Nayara Cardoso, a área de gestão de pessoas está passando por uma profunda transformação em função da pandemia e das novas demandas do mercado de trabalho.
“O surgimento de novas tecnologias, inclusive as que possibilitaram o nascimento das HR Techs (startups do setor de RH), é uma realidade. A busca por alternativas inovadoras para auxiliar na solução de problemas, trazer mais eficiência em processos, comunicação, engajamento, produtividade, fortalecimento das equipes e gestão por resultados é um desafio permanente”, explica Nayara.
Além das mudanças na área de recrutamento e seleção, o profissional de recursos humanos enfrenta o grande desafio da retenção dos colaboradores, treinamento e desenvolvimento dos mesmos e gestão de benefícios. O uso das tecnologias digitais, inclusive de algoritmos, pode ser um aliado valioso para uma administração mais assertiva. Com a atenção voltada para o colaborador, o setor procura sempre implantar novas ferramentas para manter contato com o time da empresa.
“Novas necessidades foram impostas pela pandemia e novos hábitos criados. Da mesma forma que mudamos toda a estrutura das empresas, a gestão de clientes e de pessoas, agora devemos fazer uma pausa, entender as lições aprendidas, buscar as melhores práticas dos modelos físico e digital, para fazer o caminho de volta no pós-pandemia”, ressalta a professora. Como lidar com as possibilidades de um modelo híbrido?
A professora listou algumas dicas para uma empresa saudável:
- Treine a equipe. Estamos vivenciando um momento totalmente novo, por isso é necessário termos pensamentos, comportamentos e posicionamentos novos.
2.Entrar no mundo digital, permitir e fomentar a inclusão digital são sinônimos de inclusão social. As empresas que se dedicarem a esses aspectos trarão contribuições realmente relevantes para humanidade.
3.Usar as mídias disponíveis para fazer contato, permite criar uma relação de empatia e proximidade. As ferramentas digitais podem contribuir para troca de informações profissionais e proporcionar encontros informais.
4.Invista em momentos de lazer e cuidados com a saúde mental. O distanciamento da convivência com os outros colegas de trabalho pode prejudicar no bom desempenho das atividades e no bem-estar. Proporcionar qualidade de vida no trabalho também é estratégico.
5.Abrace a causa e mostre engajamento com o momento atual. É uma fase de grandes transformações no modelo de trabalho, o que exige um perfil inovador.
Com o modelo híbrido surge a necessidade de pensar em novas estratégias para cuidar do capital humano, que é o principal recurso de uma empresa.
“Desconsiderar as oportunidades trazidas por essa mudança poderá significar a perda de engajamento e de pertencimento das equipes. Cada empresa deverá fazer o dever de casa, baseado em dados e feedbacks, inclusive dos clientes externos, para rever os processos e promover as alterações necessárias para a era digital. A mudança de mindset exige flexibilidade e adaptabilidade. Trata-se de uma transformação na cultura organizacional. Somos pessoas trabalhando com pessoas e para pessoas”, conclui Nayara.