Como ajudar esse grupo a cuidar de seus companheiros
Em tempos de isolamento social, quem tem um animal de estimação sabe o quanto essa presença é garantia de momentos de alegria e descontração, ainda mais nessa fase em que estamos privados do convívio com outras pessoas que não sejam da própria casa. Para alguns, o animal é a única companhia.
Um grupo em especial, o da terceira idade, considerado de maior risco para o contágio da COVID-19, recebeu a recomendação de não sair de casa, sob nenhuma hipótese, e de não receber visitas. Imediatamente a essa determinação, amigos, parentes e vizinhos se dispuseram a ajudar essas pessoas em suas necessidades básicas de alimentação, higiene e medicamentos.
Mas e quem cuida de seus animais de companhia? Além de ração, de areia ou tapete higiênico etc., outras questões devem ser consideradas. “Importante ressaltarmos que o idoso deve receber ajuda também quanto aos cuidados com o seu animal, mas que a pessoa não deve ser apartada de seu amigo, a menos que ela seja diagnosticada com a doença, por prevenção. Separar os animais de seus donos sem necessidade pode gerar consequências psicológicas sérias”, diz o médico-veterinário Alexandre Merlo, Gerente Técnico e de Pesquisa Aplicada da Zoetis.
O especialista lembra também que “se o animal de estimação já está habituado a ficar em casa, não há motivo para mudança de rotina agora. No caso de passeio, esse tempo na rua deve ser encurtado só mesmo para as necessidades do cão, tomando-se todas as precauções de distanciamento e de limpeza das patas do animal após o passeio”, completa.
Caso o animal precise de atendimento veterinário, o ideal é que a clínica se responsabilize por buscá-lo e devolvê-lo. Mas, se esse serviço não estiver disponível, alguém que não seja o idoso deve fazê-lo. Isso vale para tratamentos em andamento, vacinação e casos urgentes. “Por serem considerados essenciais, os médicos-veterinários continuam disponíveis e nenhum cuidado com os pets deve ser interrompido”, ressalta Merlo.