Livro “A era da intolerância” mostra como a sociedade esta dividida em pleno século XXI

Em A era da intolerância, o jornalista e escritor Thales Guaracy percorre as duas últimas décadas e traz um panorama de como o ambiente digital trouxe à tona comportamentos que se imaginavam em vias de extinção

As duas últimas décadas foram marcadas por um tsunami de avanços. Mas, ao mesmo tempo, essa grande onda trouxe com ela incertezas e conflitos que marcaram o início do século XXI. Em A era da intolerância (Matrix Editora, 312 págs, R﹩ 59,90), o jornalista, cientista social e escritor Thales Guaracy põe em perspectiva esse período que vai desde o atentado às Torres Gêmeas, em Nova York, até a pandemia do coronavírus.

Guaracy usa como fio condutor acontecimentos econômicos, políticos e sociais, marcados pela revolução tecnológica, para construir sua narrativa. E pontua que a mesma liberdade que trouxe a democracia para o mundo no pós-guerra fria, resultou em avanços na economia e no comportamento, mas também impulsionou o desemprego em massa e a exclusão social. Paradoxalmente, a tecnologia ajudou a expandir fenômenos supostamente arcaicos, como o fundamentalismo religioso, o radicalismo político, a xenofobia e as rivalidades nacionais, que se imaginava, senão extintas, menos importantes no final do século XX. “Ao mesmo tempo em que gera riquezas, o meio digital é o ambiente ideal para fomentar conflitos e intolerância”, diz Thales Guaracy.

O livro traz 16 capítulos, que percorrem essas duas últimas décadas de maneira profunda e didática. Trata-se de uma obra fundamental para quem deseja entender como a sociedade chegou a esse momento tão dividida e com valores que chegam a comprometer a democracia. Além de se aprofundar nos fatos, o autor aponta soluções e desenha uma vida melhor que poderá vir somente pelo caminho da liberdade.

Sobre o autor

Thales Guaracy é jornalista, cientista social e escritor. Formado pela Universidade de São Paulo, prêmio Esso de Jornalismo Político, foi editor de veículos como Veja, Exame, Forbes, VIP, Playboy e o Estado de São Paulo. Como diretor editorial da Editora Saraiva, criou o selo Benvirá e o Prêmio Benvirá, pelos quais lançou novos autores, premiados e de grande sucesso comercial. Como autor, publicou livros de ficção e não ficção, entre eles A conquista do Brasil (1500-1600), A criação do Brasil (1600-1700), O sonho brasileiro, Filhos da terra, Anita e Amor e tempestade .