Entrevias orienta motociclistas sobre pilotagem segura na rodovia

Diariamente circulam aproximadamente 4,5 mil motocicletas nas rodovias administradas pela Concessionária; checagem dos itens de segurança e prática da direção defensiva são fundamentais para uma viagem segura

Alternativa de transporte ágil e econômica, a motocicleta corresponde a 20% da frota circulante no Estado de São Paulo. Dos 5,6 milhões de veículos de duas rodas que trafegam nos 645 municípios paulistas, cerca de 180 mil são registrados em Marília e Ribeirão Preto – cidades mais populosas na rota de rodovias administradas pela Entrevias Concessionária de Rodovias, que integra o Programa de Concessão do governo do Estado de São Paulo. O uso de equipamentos obrigatórios e a prática da direção defensiva são condições que garantem que a movimentação diária de motociclistas seja mais segura.

Por dia, conforme levantamento do Centro de Controle de Operações (CCO) da Concessionária, circulam, em média, 4,5 mil motocicletas nas rodovias que integram o sistema Entrevias, considerando as regiões de Marília e Ribeirão Preto. Em todo o trecho sob a sua concessão, foram registradas 147 ocorrências envolvendo motocicletas no primeiro trimestre de 2019, sendo 122 acidentes com feridos. No período consultado, predominam as ocorrências nas rodovias da região de Ribeirão Preto – trecho norte administrado, que tem maior extensão.

Quedas de motocicletas aparecem como o tipo de acidente mais comum. Em trechos urbanizados, principalmente quando há confluência de ruas e avenidas com a estrada, as ocorrências aumentam. “No trecho da SP-294 em Marília, por exemplo, acontecem muitas ocorrências nos acessos de entrada e saída para a pista, pelo grande volume de tráfego, como também pela desatenção dos condutores ao sair e entrar na rodovia”, diz o gestor de Segurança Viária da Concessionária, Fábio Ortega. “Na região de Ribeirão Preto, o Anel Viário Sul da SP-322, por ter uma característica também urbana, registra boa parte dos acidentes por ser utilizado como saída para vários bairros”, completa.

Constantemente a Entrevias realiza melhorias no sistema viário, como instalação de dispositivos de barreiras metálicas de contenção, sonorizadores e sinalização de solo com refletância, mensagens de alerta nos painéis e ações de conscientização de usuários, como faixas instaladas nas rodovias.

Pesquisa da Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego), que tem como base o Mapa da Violência, indica que entre os lesionados no trânsito em decorrência de acidentes com motocicletas, 70% são condutores. Os ferimentos ocorrem principalmente nos membros inferiores, coluna e cabeça. É justamente por riscos de ferimentos na cabeça que o capacete se faz um item indispensável e de uso obrigatório no Código de Trânsito Brasileiro – CTB (Lei nº 9.503/97). No ciclo rodoviário, é obrigatório também o uso do capacete tipo integral (fechado). Durante a noite, deve-se usar a viseira cristal. De dia são liberadas viseiras fumê e metalizadas.

Condições de tempo

Para quem pega a estrada de motocicleta, os cuidados devem ser redobrados na condição de vento forte. Se o motociclista sentir as rajadas na direção lateral, o recomendado é projetar o corpo para frente, mantendo o peso na roda frontal, e desacelerar.

Antes de ultrapassar veículos de grande porte, é importante analisar se é prudente empreender a manobra. O deslocamento de ar causado por ônibus e caminhões pode desestabilizar a motocicleta e provocar quedas. Manter a distância segura de veículos grandes, sob qualquer condição, é regra básica para a condução segura sobre duas rodas.

Quando chove, a pista fica escorregadia e a visibilidade comprometida. A atenção deve ser redobrada em ultrapassagens e frenagens. Trafegar em velocidade reduzida é essencial, mesma orientação válida para condução noturna. Na neblina, muito comum na estação do outono, a orientação é trafegar sempre na faixa da direita. Por conta da visibilidade prejudicada, o veículo que segue atrás corre o risco de provocar uma batida. Nessa condição não deve ser usado farol alto, já que a formação de gotículas expande a refletividade e forma uma cortina branca na frente do motociclista.

Manutenção da motocicleta

Até mesmo em casa, antes de sair, uma rápida inspeção no veículo pode ser determinante para a segurança no trânsito. Para evitar pane seca, é importante verificar o nível do combustível no tanque e analisar se é suficiente para o trajeto.

“Avaliar se o pneu está devidamente calibrado é outro ponto fundamental para garantir a estabilidade da motocicleta em velocidades maiores. A Entrevias está sempre à disposição dos motociclistas que trafegam pelas rodovias que administra e está de prontidão para o socorro mecânico caso seja necessário. Basta ligar para o número 0800-3000-333, comunicar a rodovia e o quilômetro da localização para que a equipe operacional mais próxima faça o atendimento”, afirma o gerente de operações da Entrevias, Jorge Baracho.

 Outros componentes que precisam ser verificados regularmente:

Transmissão: É importante manter o conjunto corrente, coroa e pinhão sempre em dia. A substituição deve ser imediata quando houver desgaste.

Óleo do motor: Fazer a troca periódica evita a degradação do motor. O fluído cumpre o papel de eliminar impurezas que se acumulam no propulsor. É recomendável a troca a cada 2 mil quilômetros rodados.

Sistema de freios: O desgaste de pastilhas e lonas de freio exige a substituição dos componentes para uma pilotagem segura e o funcionamento do sistema com precisão quando houver necessidade.

Pneus: Para a estabilidade da motocicleta deve-se usar sempre pneus em bom estado de conservação. A profundidade mínima dos sulcos é de 2 mm. Quando estiver abaixo disso, é necessário substituí-los.