Comunicação não violenta, não é sobre ser bonzinho.
É falar o que tem para ser dito, mas com respeito.
Conflito em um momento de competição costuma ser assim: ‘é do meu jeito ou nada, vai ser o que eu tenho para falar e ponto. Não vou ouvir. Não há negociação’. Entrar em confronto nesse caso é muito rápido, e para seguir para uma situação de desrespeito, um conflito de forma negativa, é ainda mais fácil.
O conflito é algo positivo, segundo a psicóloga e CEO da Eleve Consulting. ” Existem cinco formas numa situação de conflito: o ceder, colaborar, competir, evitar, e o conciliar.” enumera Shana.
Quando existe uma situação de ‘lavar roupa suja’, por exemplo, seja na vida pessoal ou na vida profissional, o conflito vai existir e se não for algo muito ponderado vai acabar caindo no lado agressivo. E essa agressividade, dependendo da situação, pode chegar ao limite, que é você ir para uma coisa tática, tocar o outro. A raiva aí, a emoção nessa hora, é perigosa. “Nessa hora essa emoção básica que é a raiva, você ter raiva do outro a tal ponto que é capaz de ir para cima, levantar a voz , e até, numa situação extrema, chegar a agredir. Se eu estiver sendo muito pressionado eu posso ter uma reação instintiva. E aí a única possibilidade para evitar o pior é usar a inteligência emocional e ter uma comunicação assertiva.” explica Shana.
O Que É Uma Comunicação Assertiva
Uma pessoa que fala que o que tem pra falar respeitando o outro costuma ter uma postura assim: ‘olha eu não concordo com você por causa disso, disso e disso, o que você acha?’ E só aí colocar a maneira de pensar de uma forma assertiva. ‘Eu vejo por outra perspectiva’, e aí explicar o ponto de vista.
Uma forma não assertiva é chegar pra pessoa e falar: o que você está falando está errado, o que eu falo é o certo. Outra forma agressiva e não assertiva é fazer caras e bocas. A comunicação não é só falada, você diz muito com um olhar, com um gesto, com a fisionomia e até com a postura corporal. “Sarcasmo e deboche são agressividade, é uma comunicação passiva agressiva. Eu não falo direto, mas eu faço careta, na verdade o que eu estou fazendo? Eu estou falando por trás, pelas costas, esse é a pior forma de tentar se comunicar, e não tem benefício nenhum. O ideal não é se calar, mas se não conseguir encarar um conflito de forma assertiva usar a maneira passiva para ganhar tempo, e não vou entrar em conflito agora, mas quando eu estiver preparada para dialogar.” conclui Shana Eleve.
Em épocas difíceis, como vivemos hoje, a comunicação não violenta, não significa se calar ou ser um bonzinho, quase bobinho. É falar o que tem para ser dito, mas com respeito.