Coliving já é uma realidade no Brasil

O compartilhamento de residências com foco nos estudantes permite desfrutar de estrutura e ter contato com diferentes culturas

Quarto compartilhado da Uliving, no centro de São Paulo.

O coliving ou compartilhamento de residências tem se tornado cada vez mais popular no Brasil por conta de seu formato acessível, descomplicado e que promove a convivência entre pessoas de diferentes culturas. A busca dos jovens por experiências que priorizam colaboração, compartilhamento e liberdade, tem resultado em empresas que trazem propostas nesse sentido, como é o caso da Uliving, que trouxe o conceito de residência estudantil para o Brasil.

Enquanto no Brasil existiam apenas as tradicionais repúblicas há alguns anos, o conceito de moradia para estudantes era consolidado em países da Europa e Estados Unidos. “Segundo dados do Ministério da Educação, o Brasil tem, em média 8 milhões de estudantes universitários, sendo 6 milhões em cursos presenciais e 30% saem de casa para estudar. A residência estudantil de forma profissional não existia localmente e temos muitos jovens que buscam estrutura para focar nos estudos, sem se preocupar em trocar uma lâmpada queimada em casa”, afirma Juliano Antunes, CEO da Uliving.

O serviço baseia-se no aluguel de um quarto compartilhado ou individual, no qual o inquilino paga uma mensalidade que também dá o direito de desfrutar de áreas de convivência como salão de jogos, sala de estudos, cozinha, rooftop e churrasqueira.  “Acreditamos que a experiência universitária fique ainda mais rica se compartilhada com outros jovens que estão passando pela mesma fase, mas que têm ‘bagagens’ diferentes. Mesmo tendo estrutura na moradia, é uma fase importante de amadurecimento e transição para a fase adulta”, completa o executivo.

Esse é o caso do Itallo Monteiro, de 31 anos, que nasceu na Paraíba, mas está na capital paulistana para estudar medicina. “Vim de uma cidade pequena onde todos se conheciam, que tem uma cultura totalmente diferente de São Paulo. Optei pela residência estudantil para não me sentir sozinho e compartilho o quarto com um cearense, que passou pela mesma fase de adaptação que eu, o que me ajudou muito”, conta o universitário que complementa “por coincidência, o meu companheiro de quarto faz a mesma faculdade que eu e hoje dividimos, além do quarto, materiais didáticos para economizarmos”.