Ascensão feminina no mercado imobiliário: novo relatório do DataZAP revela crescimento e desafios

Pesquisa Raio-X da Corretora 2023,  divulgada em primeira mão no Conecta Imobi 2023, destaca aumento de 34% para 40% na presença de mulheres corretoras

O número de mulheres atuando como corretoras de imóveis no Brasil subiu de 34% para 40% no último trimestre de 2022, comparado a 2019, segundo a mais recente Pesquisa Raio-X da Corretora 2023, divulgada  pelo DataZAP na 10ª edição do Conecta Imobi. O estudo fornece um retrato detalhado desses profissionais, explorando não apenas o aumento da presença feminina no setor, mas também as motivações e os desafios que elas enfrentam na carreira.

O estudo ouviu profissionais de todas as regiões do país e destacou um crescimento significativo de 6 pontos percentuais na participação feminina no setor no último trimestre de 2022, em comparação com 2019. Entre as motivações, 30% citaram a comissão e o salário como razões primordiais para entrar na profissão, seguidas por 21% que valorizam a flexibilidade de horário. A pesquisa também detalha outras motivações, que variam desde a afinidade com o setor até a influência de amigos e familiares.

O número de horas trabalhadas é um desses desafios, conforme destaca a economista

do DataZAP, Larissa Gonçalves. “A presença feminina no mercado imobiliário está

crescendo e, simultaneamente, há um aumento marginal na renda dessas mulheres,

mas a carga de trabalho ainda está muito acima da média”, explica. Enquanto 13% dos homens alegaram trabalhar mais de 49 horas semanais, essa porcentagem sobe para 24% no público feminino.

Mesmo com os desafios, a pesquisa revelou que as mulheres querem ocupar cargos mais altos e 59% têm aspirações de assumir posições de liderança no futuro. Das entrevistados, 75% ainda declararam se dedicar exclusivamente à corretagem de imóveis.

Desafios e demografia

Quanto aos desafios, 42% das entrevistadas apontam a dificuldade em conciliar a vida pessoal e profissional, enquanto 36% citam o machismo no setor como um obstáculo. A diferença de oportunidades entre gêneros foi mencionada por 28% das respondentes. A pesquisa também oferece um panorama demográfico abrangente, mostrando que mais da metade das entrevistadas são casadas, 66% possuem ensino superior e a maioria pertence à classe B.

Informações regionais e habitacionais

Ainda  de acordo com o levantamento, a maioria (57%) das corretoras vive nas capitais brasileiras, predominantemente na região Sudeste. Em relação à moradia, 74% vivem em residências próprias, e 83% delas possuem automóvel.