Em 2023, Alessandra decidiu procurar ajuda para vencer o seu maior inimigo, o medo de dirigir, que a acompanhava diariamente há mais de 20 anos. Após diversas tentativas fracassadas de cursos e aulas práticas para vencer esse medo, esta seria sua última tentativa. Para isso, procurou a ajuda da maior especialista na área. Alguns meses depois, lá estava ela dirigindo sozinha para o trabalho, para consultas médicas e onde mais desejasse. Hoje, não consegue mais imaginar a sua vida sem o carro. Esse é, portanto, o resultado que, como ela mesma descreve, representa apenas “a ponta do iceberg”, ou seja, apenas uma pequena parte da real conquista total.
“Além da liberdade conquistada, que fica visível aos olhos de todos que a cercam, a pessoa que vence o medo de dirigir conquista uma autoconfiança inimaginável”, relata a especialista Cecília Bellina. Com mais de 30 anos de atendimento exclusivo a pessoas com medo de dirigir, ela comenta que já houve cliente que, no dia da alta de seu tratamento, pediu demissão de seu emprego, pois a partir dali buscaria um emprego que a valorizasse mais do que seu emprego anterior, e também obteve sucesso. Cecília explica “Ao perder o medo que por tanto tempo fez a pessoa se sentir incapaz e inferior, a faz perceber que é capaz de superar qualquer obstáculo, pois já venceu sua maior dificuldade.”
Após tantos anos de dependência de outras pessoas, sempre esperando uma carona de marido ou filhos, ao assumir o controle de suas vidas, algumas dessas vencedoras percebem que seu relacionamento com o seu parceiro era baseado apenas nessa dependência. E, por isso, não encontram mais motivos para manter essa relação. Cecília conta que teve várias clientes que se separaram após o tratamento.
Mas há também aqueles que melhoram muito seus relacionamentos familiares. No caso de Alessandra, ela conta que não sabia que o medo dela afetava a própria família, pois acreditava que esse era um problema pessoal. E hoje ela percebe o quanto a família ficou feliz com a sua conquista e o quanto se sentem orgulhosos dela. Já no caso de Jaquiele, vencer o medo de dirigir serviu como exemplo positivo para seu filho de 6 anos de idade: “Ele acompanhou esse enfrentamento e a minha evolução até conseguir. Então, isso é muito importante para mostrar a ele que ele também consegue vencer os obstáculos dele.”
A tudo isso soma-se a felicidade e alegria que invadem as vidas dessas pessoas. A ponto de o dia da alta do tratamento ser lembrado como um dos dias mais felizes de suas vidas, comparado ao dia do nascimento de seus filhos, como foi o caso da Ingrid. Isso acontece, pois, vencer o medo de dirigir torna-se um episódio divisor de águas. A partir daquele momento, ela passa a ser uma pessoa independente, livre para decidir onde e quando quer ir, e que sabe que pode vencer quaisquer obstáculos, um exemplo de dedicação, força e capacidade.
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