Veterinária Vivian Quito explica como fatores emocionais, desde a gestação, podem influenciar a ansiedade nos pets e sugere tratamentos integrativos para aliviar o problema
A ansiedade não é um problema exclusivo dos seres humanos. Assim como nós, os animais de estimação também podem sofrer desse transtorno, e o número de casos tem crescido significativamente nos últimos anos.
De acordo com a médica veterinária Vivian Quito, a ansiedade animal pode ser desencadeada por diversos fatores, que vão desde a gestação até a rotina diária dos pets.”Se a mãe do animal passa por problemas emocionais, estresse ou maus-tratos durante a gestação, o filhote já pode nascer com predisposição à ansiedade. Esses fatores são extremamente importantes e muitas vezes negligenciados”, explica Quito.
Entre as principais causas da ansiedade animal, destacam-se mudanças na rotina, separação dos tutores, traumas e falta de socialização. Alguns sintomas comuns incluem lambedura excessiva, destruição de objetos, latidos ou miados constantes, e mudanças no apetite.
“A rotina do animal é fundamental. Alterações abruptas, como a ausência prolongada dos tutores ou falta de estímulos, podem gerar crises de ansiedade. O tutor pode observar sinais como hiperatividade, comportamento agressivo ou mesmo apatia extrema”, comenta a veterinária.
O tratamento para ansiedade animal vai além do uso de medicamentos. A abordagem integrativa tem se mostrado bastante eficaz, combinando técnicas como acupuntura e terapias alternativas, além de ajustes na rotina e no ambiente do pet. “É importante que o tutor invista em momentos de interação, brincadeiras e exercícios, além de buscar métodos complementares, como a acupuntura, que tem ótimos resultados no alívio do estresse e da ansiedade”, sugere Vivian Quito.
No Brasil, a busca por tratamentos integrativos vem crescendo, com cada vez mais tutores interessados em garantir o bem-estar emocional de seus pets. “Estamos falando de um cuidado holístico, que inclui mudanças na rotina, terapias naturais e um olhar atento ao comportamento dos animais. A ansiedade precisa ser tratada de forma ampla”, finaliza a especialista.