Vitiligo: dermatologista comenta mitos e verdades

Dr. Alberto Cordeiro fala sobre a doença de pele que afeta participante do BBB22

Um dos assuntos mais comentados da semana é a estreia do reality Big Brother Brasil, junto com ele surgiu a curiosidade sobre o Vitiligo, condição de pele que afeta a participante Natália. Para comentar mitos e verdades sobre a doença, o dermatologista Dr. Alberto Cordeiro lista os cuidados e explica o processo hipopigmentação que resulta nas manchas na pele.

É contagioso?

Mito. O vitiligo é uma doença autoimune que provoca da despigmentação da pele. O vitiligo pode aparecer por diversos fatores como histórico genético e combinação de outras doenças autoimunes, mas sabe-se que fatores como estresse e lesões da pele pode agravar a condição de quem já possui a pré-disposição genética. O que acontece é que o organismo de quem vitiligo acaba não reconhecendo e destruindo os melanócitos, que são as células que produzem a melanina.

Tem cura?

Mito. Ainda não temos nenhum medicamento ou tratamento que seja capaz de curar o vitiligo. No entanto, há métodos terapêuticos podem amenizar as manchas. Exemplos: fototerapia, laser e cirurgia. É importante ressaltar que todo e qualquer tipo de tratamento ser prescrito e acompanhado por um dermatologista.

Quais os principais cuidados?

Deve-se evitar os fatores que possam causar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes. É ideal evitar o uso de roupas apertadas, ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, e reduzir a exposição ao sol. Controlar o estresse é outra medida necessária.

Causa coceira?

Mito. Não há relação direta, mas há relatos de maior sensibilidade nas áreas de hipopigmentação.

É comum acontecer?

Cerca de 2% da população mundial tem vitiligo, é a mesma incidência da psoríase e da dermatite atópica, por exemplo. Sendo 60% das pessoas tiveram sintomas antes de completar 20 anos de idade, o caso da participante Natália que relatou que no caso dela foi aos 9 anos.