Especialista alerta para cuidados com a pele durante períodos de exposição prolongada ao sol, fator de risco para o câncer de pele
A estação mais esperada do ano é marcada por longos dias ensolarados e é neste período que deve ser redobrada a atenção para prevenção do câncer de pele.
Durante o verão, é comum os termômetros registrarem em Ribeirão Preto, índices UV acima de 11, considerados UV extremo, o que torna a exposição ao sol sem proteção extremamente perigosa. A recomendação neste período é aplicar o protetor solar pelo menos 30 minutos antes de sair de casa, reaplicar a cada duas horas e fazer uso dos óculos de sol e camisas extreme UV de manga comprida em momentos de exposição, como nas idas ao clube. “Nestas ocasiões de lazer, os índices podem ser ainda mais preocupantes visto que, a exposição solar tende a ser prolongada. Por esta razão, é importante evitar o contato com o sol em períodos de maior radiação UVB, como entre 11h e 15h”, destaca Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
Dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma, sendo 31,3% do total de casos. Apesar da alta incidência, é um dos tipos de câncer com maiores expectativas de cura se for realizado o tratamento adequado. Já o Melanoma é o tipo de câncer de pele menos comum, embora muito mais grave, com maiores chances de apresentar metástases por todo o corpo e que normalmente se apresentam como pintas mais elevadas de vários tons e que às vezes podem sangrar ao toque.
O oncologista explica que a exposição ao sol prolongada pode ser ainda mais prejudicial às pessoas de pele e olhos claros, albinos ou aqueles que possuem algum histórico familiar. “O câncer de pele não-melanoma, o mais frequente, atinge principalmente pessoas com mais de 50 anos, de pele e olhos claros. Quanto mais clara a pele, menor a quantidade de melanina, que é o nosso filtro natural. Portanto, pessoas com essas características precisam estar ainda mais atentas”, completa o médico.
O especialista orienta ainda que, bebês abaixo dos seis meses de idade, não devem ter exposição direta ao sol e é indicado sempre o uso de roupas e chapéus para a proteção.