Vacina & Pele: uma relação segura

Quando o assunto é pele, as vacinas contra a COVID-19 podem ser tomadas com segurança, porque é improvável que elas desencadeiem reações alérgicas ou cutâneas significativas.

A vacinação contra a COVID-19 no Brasil está em estágio avançado. Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, atualizados no começo de agosto, mais de 80% da população do país está totalmente imunizada, o que significa, em termos estatísticos, que mais de 170 milhões de pessoas já tomaram a segunda dose ou a dose única da vacina, completando o esquema vacinal, cravando a tendência de queda de contágios e mortes ocasionadas pela doença.

Contudo, muita gente ainda tem dúvidas sobre as sequelas da COVID-19, entre elas algumas bem graves, como problemas respiratórios, dores de cabeça frequentes e tromboses, por exemplo, além de distúrbios de fundo emocional, tais como ansiedade e depressão. E, entre esses efeitos, também se alinham as intercorrências dermatológicas, com reflexos não só na saúde da pele, como também no campo da estética.

REAÇÕES CUTÂNEAS SÃO RARAS

O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que, depois de tomar praticamente qualquer vacina, é comum ocorrerem reações cutâneas leves como prurido, urticária e angiodema, que é aquele inchaço indolor sob a pele, desencadeado por uma alergia aos conservantes e estabilizantes dos imunizantes, mas que são temporárias.

“Segundo os dermatologistas, reações cutâneas mais graves associadas às vacinas contra a COVID são raras.E estudos internacionais demonstram que elas são seguras para, pessoas com alergias ambientais, a alimentos, a animais de estimação, ao látex e até mesmo pessoas com Dermatite Atópica– afecção cujo principal sintoma é a irritação na pele em várias partes do corpo– podem tomá-las com segurança, porque é improvável que elas desencadeiem reações alérgicas significativas”, explicaFernanda Mamedes, biomédica da G2 Medicina Diagnóstica, laboratório paulistano que monta postos de coleta de materiais biológico em clínicas e policlínicas, e acompanha toda a logística de análise e processamento dos exames entregues a grandes laboratórios parceiros.

CONSULTE SEMPRE SEU MÉDICO

Nesse âmbito, mesmo a anafilaxia, que é uma reação alérgica aguda e grave, que acontece imediatamente após a exposição a um alérgeno ou após algumas horas da exposição a ele, com a qual nos preocupamos, é muito rara de acontecer na vacinação contra a COVID-19. Isso é o que aponta um estudo realizado pelo Departamento de Alergia e Imunologia do Hospital Brigham and Women, de Boston, nos Estados Unidos, que demonstrou que são registrados cerca de cinco casos a cada milhão de doses de vacinas aplicadas, atestando o fato de que reações cutâneas, por si só, não contraindicam a vacinação ou a revacinação.

Mas aqui, a biomédica da G2 faz um alerta muito importante: “Embora conviver com Dermatite Atópica ou outras alergias não seja motivo suficiente para desencadear uma reação alérgica aos imunizantes – e, por extensão, desaconselhar totalmente o uso das vacinas contra a COVID-19 –, o fato de um indivíduoser alérgico a algumdos componentes das vacinas é um ponto a se observar.Dessa forma, se essa pessoa tem muitas alergias, é imprescindível que ela consulte um médico para que ele analise tais ingredientes, para seter certeza de que as vacinas são seguras para ela”, finaliza Fernanda Mamedes.