O útero bicorno consiste em uma má formação congênita no útero marcada pela existência de uma membrana que, conforme o tamanho, pode dividir o útero em dois. Silencioso, o quadro é difícil de ser identificado e, em alguns casos, acaba sendo revelado diante da dificuldade da mulher engravidar.
Útero bicorno e gravidez
Existe um estigma que acompanha essa doença, como se ela anunciasse a impossibilidade da gravidez. Não podemos ignorar a gravidade da condição dentro de um contexto gestacional que pode gerar, inclusive, aborto espontâneo ou parto prematuros, porém, embora ofereça certa dificuldade, existem muitos casos em que é possível ter filhos sim.
Útero dividido
A principal característica do útero bicorno é seu formato semelhante ao de um coração com uma fenda superior. Essa disposição diminui o espaço uterino o que cria obstáculos para a gravidez, uma vez que o bebê acaba tendo um espaço reduzido para de desenvolver – aumentando o risco de partos prematuros.
Útero apertado
A repartição das fendas não necessariamente serão iguais, ou seja, dividirão o útero ao meio. Em alguns casos as membranas possuem tamanhos distintos que podem, inclusive, tornar um lado excessivamente menor do que o outro. Diante disso, o risco de aborto espontâneo e de parto prematuro aumenta porque, com essa dinâmica, há uma sobrecarga no útero, de modo que o colo do útero pode começar a se abrir muito cedo.
Tratamento
Uma forma de tratamento para mulheres que querem engravidar é através da laparoscopia. Nesse procedimento, o médico tenta retirar o septo que está impossibilitando a livre passagem e crescimento do bebê, diminuindo a chance de aborto espontâneo.
Outros casos podem exigir uma análise mais singular do quadro, para que possa ser encaminhado algum procedimento. Vale lembrar que o útero bicorno não é uma sentença para a gravidez, muitas mulheres com a doença têm filhos.