“A doença coronária na mulher” – tema ganha crescente importância no contexto da saúde feminina
As doenças cardiovasculares são causas progressivas de mortes na população feminina. Em 2017, o total de óbitos de mulheres por Acidente Vascular Cerebral foi de 50 mil, equiparando-se ao dos homens, e por infarto, 45 mil.
Nos últimos anos, a mulher vem ocupando grande espaço no mercado de trabalho, o que a leva a uma dupla ou tripla jornada de trabalho, considerando a sua atenção também com as tarefas domésticas e os cuidados com os filhos. Além disso, elas estão cada vez mais expostas a fatores de risco, como o uso de anticoncepcionais, tabagismo, álcool, diabetes e hipertensão, o que tradicionalmente não era comum.
Segundo o neurologista e membro da Socesp Dr. Alexandre Pieri, “a incidência das doenças cardiovasculares nas mulheres é menor do que em homens, mas quando já adoecida, a chance do óbito é maior, principalmente quando associado à idade”. O especialista explica que, ao atingir a menopausa, a mulher diminui a produção de estrogênio, um grande aliado do coração. Este hormônio estimula a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo. “É bom que as mulheres estejam sempre atentas aos sintomas de doenças cardiovasculares, pois, muitas vezes, elas se confundem com problemas na coluna, cansaço ou até mesmo dor no braço”, alerta.
Dentre os fatores de risco de doenças cardiovasculares, estão a hipertensão, sedentarismo, colesterol alto, alimentação irregular, obesidade, estresse, tabagismo, alcoolismo e diabetes. Além disso, realizar exames periódicos, evitar o excesso de sal e álcool, praticar atividades físicas e cuidar de sua saúde emocional são dicas importantes para que a mulher tenha uma vida mais saudável e com menores chances de sofrer um infarto ou AVC.