Psicólogas da empresa Zero Barreiras dão dicas para que todos cuidem da saúde mental, mesmo mantendo o isolamento social imposto pela pandemia
A psicoterapia online é destinada a pessoas que enfrentam dificuldades psicológicas, sociais, emocionais e psiquiátricas assim como para aquelas que desejam aprofundar o autoconhecimento. E essa modalidade de tratamento ganhou muitos adeptos desde o início da pandemia do novo coronavírus, com as exigências de distanciamento social e aumento significativo dos transtornos de ansiedade em decorrência da doença global. Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2020 revela que 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa na pandemia.
Criada em 2017, a Zero Barreiras é uma empresa pioneira na oferta de psicoterapia online no Brasil. Idealizada pelas psicólogas Christiane Valle e Patrícia Lenine, a empresa viu sua demanda explodir durante a pandemia, que encurtou as distâncias e derrubou antigos preconceitos com tecnologias digitais na saúde e na educação. De 450 atendimentos mensais, passou para 8.000 em 2021. De 30 profissionais, alcançou 300, divididos em 20 especialidades.
Por se tratar de um processo psicoterápico contínuo, as sessões acontecem normalmente uma vez por semana e têm duração entre 40 a 50 minutos. Uma vez agendado um horário com o psicólogo, este profissional faz o atendimento sempre no dia e horário marcado previamente através de uma plataforma digital (por vídeo chamada).
Resolução do Conselho Regional de Psicologia (CRP), publicada em 2018, autoriza que psicólogos realizem consultas virtuais com seus pacientes, sem limites de atendimento ou restrição de assuntos, sendo essa a atualização de uma Resolução anterior, que permitia apenas orientações psicológicas.
No entanto, foi no início da pandemia do coronavírus em 2020 que essa modalidade on-line se fortaleceu e cresce cada dia mais a demanda pelos atendimentos on-line.
“Com as famílias reunidas em casa, muitas com diminuição na renda e ainda sem ajuda doméstica, as brigas se intensificaram e a saúde mental só fez piorar, sobretudo nas mulheres, que ainda enfrentam a violência doméstica em muitos casos. E ainda as preocupações e tristezas com o desenrolar da pandemia. Estamos num dos momentos mais difíceis para todos. E temos que buscar alternativas para não sucumbir. A terapia ajuda muito a encontrar esse equilíbrio. A psicoterapia trabalha as questões emocionais a partir do diálogo, oferecendo abordagens construtivas e ferramentas para lidar com problemas e a resolver as questões desejadas”, relata Christiane Vale.
Dicas para a realização das consultas:
Celular, computador ou tablete com conexão à internet;
Estar em um ambiente reservado para o momento do atendimento;
Fones de ouvido para assegurar a sua privacidade.
E se eu não gostar do psicólogo? – “Isso é muito comum. Nada te impede de interromper o tratamento e escolher um novo profissional para te atender”, esclarece a psicóloga fundadora da Zero Barreiras, Patrícia Lenine.
Os benefícios da terapia on-line
Acessibilidade para quem tem limitações físicas;
Praticidade e agilidade;
Comodidade de realizar os atendimentos no conforto da sua residência ou em qualquer lugar do mundo onde você estiver;
Possibilidade de manter o tratamento caso você mude de endereço;
Custo inferior comparado às consultas presenciais;
Serviço de qualidade, o tratamento é tão eficiente quanto ao de uma consulta presencial.
Brasil: país mais ansioso do mundo – Na pandemia, problemas como ansiedade, depressão ou burnout tornaram-se ainda mais comuns. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia, o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões de pessoas. Mas uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), demonstrou que, entre maio, junho e julho de 2020, 80% da população brasileira ficou mais ansiosa. Houve ainda aumento no consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e comida ultra processada no período de distanciamento social e, em contrapartida, hábitos saudáveis, como exercícios físicos, dormir e se alimentar bem foram prejudicados.