De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conceito de saúde não é definido apenas como a ausência de doença, mas sim pela condição completa de bem-estar físico, mental e social. Em outras palavras, saúde é a soma de vários hábitos e escolhas do dia a dia que permeiam um estilo de vida que contempla uma dieta nutritiva e equilibrada, a prática regular de atividade física, boas noites de sono, gerenciamento do estresse, e, sobretudo, momentos de alegria e de prazer.
Para a prática de uma alimentação saudável, existem guias alimentares que funcionam como diretrizes para a população em geral e têm o objetivo de orientar escolhas saudáveis e sustentáveis, contribuindo assim para melhores hábitos de vida. O Guia Alimentar da População Brasileira (2014) classifica os alimentos de acordo com o nível de processamento e enfatiza a necessidade de priorizarmos o consumo de alimentos frescos/in natura e/ou minimamente processados.
Segundo o Guia, como os ultraprocessados são definidos como alimentos que passam por maior processamento e são adicionados outros ingredientes, é recomendado evitar o seu consumo. Contudo, há uma enorme variedade de alimentos dessa categoria que, além denão fazerem mal à saúde, tambémcontribuem para o prazer e o bem-estar. Existem diferenças significativas em suas listas de ingredientes, o que vale é a leitura e interpretação correta do rótulo.
Nesse sentido, o chocolate, por exemplo, é um dos alimentos considerados ultraprocessados que faz parte da nossa cultura alimentar, e quando consumido dentro de uma dieta e estilo de vida saudável, é extremamente bem-vindo no nosso dia. Afinal, nenhum alimento deve ser visto como vilão ou mocinho, o que é necessário levar em consideração é a somatória de todos os hábitos de vida. Uma dieta inclusiva e não restritiva deve ser o principal objetivo quando nos referimos a uma prática alimentar viável e factível com a nossa realidade.
Além disso, é fundamental priorizar uma boa relação com a comida e investir na prática do mindfull eating durante as refeições, que nada mais é do que estar presente e consciente inteiramente naquele momento: saboreando, nutrindo e respeitando principalmente os gostos e preferências individuais. Importante também comer de forma consciente em relação a quantidades, respeitando a indicação de porções. Portanto, o equilíbrio sem extremismo e radicalismo é a chave para uma vida saudável, com consciência e responsabilidade perante as nossas escolhas e, sobretudo, uma vida com prazer e alegria.