Urologista Elizeu Bernabe Neto esclarece dúvidas comuns sobre o procedimento e destaca sua crescente popularidade no Brasil.
A vasectomia, procedimento considerado seguro e eficaz para contracepção masculina, ainda é alvo de mitos que geram dúvidas nos homens. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 31% nas vasectomias realizadas no Brasil nos últimos cinco anos, mas a desinformação ainda é um obstáculo. O médico urologista Elizeu Bernabe Neto esclarece o que é mito e o que é verdade sobre o tema.
Mito: Vasectomia causa impotência sexual.
“Essa é uma das maiores preocupações, mas é totalmente infundada. A vasectomia não interfere na ereção nem no desempenho sexual, já que o procedimento não afeta os hormônios ou a circulação sanguínea”, explica o médico.
Verdade: O procedimento é irreversível na maioria dos casos.
Embora existam técnicas de reversão, elas são complexas e nem sempre garantem o retorno da fertilidade. “Por isso, é essencial que o homem esteja absolutamente seguro de sua decisão antes de realizar a cirurgia”, alerta Elizeu.
Mito: O homem para de ejacular após a vasectomia.
O especialista esclarece que o volume do esperma não sofre alterações significativas. “Apenas os espermatozoides, que representam menos de 5% do sêmen, são bloqueados. A aparência e a quantidade da ejaculação permanecem praticamente iguais.”
Verdade: A vasectomia é mais acessível no SUS.
“O Sistema Único de Saúde oferece a vasectomia de forma gratuita, mas é necessário atender a alguns critérios, como ter mais de 21 anos ou dois filhos vivos e passar por uma consulta prévia de planejamento familiar”, destaca o médico.
Por fim, Elizeu Bernabe Neto ressalta a importância de desmistificar o procedimento. “A vasectomia é um método seguro, com poucos efeitos colaterais e uma ótima opção para homens que desejam assumir o controle de sua contracepção. Informar-se é o primeiro passo para tomar essa decisão com responsabilidade.”