Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a abordagem terapêutica de EMDR trata fobias com rapidez e eficácia
O calor chegou com tudo e com ele vêm as baratas, os ratos, as temidas aranhas e os perigosos escorpiões. Para quem tem medo dessas visitas inesperadas, o assunto é coisa séria. Na Austrália, semana passada, um homem gritava repetidamente “por que você não morre?” enquanto um bebê chorava. A polícia foi chamada pelos vizinhos, mas quando invadiram a casa, se depararam com o proprietário apenas tentando matar uma aranha, desesperado, pois sofre de fobia do animal. “Casos como esse acontecem. Muitas pessoas pedem socorro a encontrarem baratas, por exemplo”, comenta Ana Lúcia Castello, psicóloga.
Segundo pesquisas, cerca de 40% da população mundial tem fobia de algum inseto. “Você já teve que restringir sua escolha por algum apartamento ou casa por medo de se deparar com uma aranha?” Confrontar esse inseto te causa reações físicas e comportamentais de fuga e evitação? “Se a resposta for positiva, significa que você tem fobia”, questiona e esclarece Ana Lúcia Castello, psicóloga e presidente da Associação Brasileira de EMDR, técnica trata transtornos mentais e fobias.
O método do tratamento atua na origem dos sintomas de um ou mais acontecimentos na vida da paciente que são registrados por meio de imagens, crenças, emoções e sensações corporais.
No tratamento com EMDR, utiliza-se um protocolo de oito fases que deve ser seguido à risca para que o paciente tenha acesso a todos os pilares da memória que são necessários para reprocessar os traumas (imagens, crenças negativas, emoções e sensações corporais). Ao se aplicar o estímulo visual, auditivo e/ou tátil no tratamento de EMDR, que promove a dessensibilização e reprocessamento das experiências negativas, se instiga à rede onde ficou presa a lembrança. Dessa forma, se dá um “arranque” necessário ao mecanismo que restaura a capacidade de processamento do sistema, permitindo a busca de informações em outras redes neurológicas onde a vítima pode encontrar o que precisa para compreender o que aconteceu naquele momento traumático.
“Cada série de movimentos continua soltando a informação perturbadora e acelera essa informação através de um caminho adaptativo até que os pensamentos, sentimentos, imagens e emoções tenham se dissipado e são espontaneamente substituídos por uma atitude positiva.” diz Ana Castello.
Quando a pessoa passa pelo processo terapêutico, adquire uma consciência emocional que permite o acesso consciente de todo o trauma que viveu, conseguindo direcionar sua vida para resgates significativos de suas características potenciais de vida.
“O paciente é incentivado a se lembrar da situação ou sensação traumática, e lhe ajudamos a mexer os olhos de determinada maneira, que o cérebro recebe a ajuda necessária para processar o fato e arquivá-lo de uma forma funcional.” diz Ana Lúcia. Desta forma, perde-se a carga negativa associada ao evento. “Muitas pessoas relatam que a sensação da lembrança foi de fato colocada no passado, e que já não se incomodam mais ao de deparar com uma aranha, barata ou qualquer outro inseto.” explica a psicóloga.
Sobre a Associação Brasileira de EMDR
Fundada em 2008, a Associação Brasileira de EMDR é composta por psicólogos e médicos com formação em EMDR e tem seus treinadores e facilitadores detreinamentos reconhecidos peloEMDR Institute (EUA). As Empresas vinculadas à Associação, EMDR Treinamento e Consultoria, dirigida pela ProfªDraEsly Carvalho e a Empresa Espaço da Mente, dirigida pelo Prof. Dr. André Monteiro promovem cursos homologados em todo o país para formação de psicólogos na técnica e a Associação Brasileira de EMDR tem procurado difundir o EMDR em todo o Brasil.
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