Dra. Larissa Sumodjo, cirurgiã plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica o que ocasiona a mama tuberosa e como é corrigida em uma cirurgia plástica
As mamas de algumas mulheres não possuem o formato cônico, mais comum e conhecido, mas, uma forma semelhante a um tubo. “As mamas tuberosas são aquelas que se apresentam com uma forma alongada bem característica, parecendo-se com um tubo. Além disso, as aréolas costumam ser desproporcionalmente grandes”, explica a cirurgiã plástica Larissa Sumodjo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Esse formato diferenciado não se trata, no entanto, de uma patologia. O que não significa que não traga sofrimento, desconforto e prejuízo social e psicológico às mulheres que as apresentam. “Não se sabe qual a real incidência da mama tuberosa, pois, principalmente em graus mais leves, muitas mulheres provavelmente não procuram um cirurgião plástico e, portanto, não há registros consideráveis em números, já que não se trata de uma doença, mas de uma característica”, explica Dra Larissa.
De acordo com a médica, a única forma de mudar essa conformação da mama é por meio de cirurgia plástica. Quando uma paciente se sente incomodada e tem dúvida sobre o formato de sua mama, a única maneira de descobrir se é uma mama tuberosa é por meio de um exame clínico com cirurgião plástico para confirmar os traços típicos. “A queixa que escuto no meu consultório, das mulheres com mamas tuberosas, normalmente, é: ‘meus seios são bicudos'”, conta a médica.
Por que a mama pode ter esse formato de tubo?
A causa desse formato alongado da mama é a formação de um anel fibroso no tecido mamário ao redor da aréola. “Com o crescimento desse anel fibroso, a mama desenvolve-se de maneira anormal durante a puberdade. Este anel restringe o crescimento da parte inferior da mama e faz com que o tecido se projete para frente pela aréola. Por conta disso, a mama passa a se parecer com um ‘tubinho'”, detalha a cirurgiã.
A maneira de “tratar” essa condição, é com procedimento cirúrgico a fim de liberar esse anel de constrição na tentativa de que o tecido mamário se distribua de uma forma mais uniforme, chegando ao formato de cone. “Muitas vezes, é indicada a utilização de implantes mamários tanto para dar volume, como para melhorar a forma da mama. E, dependendo do caso, pode haver a necessidade de realizar a cirurgia em etapas”. Num primeiro momento, remodela-se a mama, e, num segundo procedimento depois de cerca de três meses, coloca-se a prótese mamária”.
A notícia boa é que alguns convênios médicos autorizam o procedimento já que há muito prejuízo psicológico para adolescentes e mulheres adultas que desenvolvem a mama com este formato mais alongado.