Hospital de Amor inicia cirurgias torácicas robóticas gratuitamente

A instituição já oferece cirurgia minimamente invasiva robótica desde 2014, quando foi o primeiro centro do interior de SP a disponibilizar este tipo de procedimento de forma 100% gratuita

Reconhecido como o maior centro oncológico da América Latina, o Hospital de Amor, fortalece ainda mais o seu papel pioneiro no cenário médico do país. Ao unir humanização e tecnologia, a instituição reforça seus pilares diante de uma nova conquista: a partir do dia 13 de agosto (sexta-feira), o HA começa a disponibilizar cirurgias torácicas com auxílio de robôs aos seus pacientes, sem custos. A instituição já oferece cirurgia minimamente invasiva robótica desde 2014, quando foi o primeiro centro do interior de SP a disponibilizar este tipo de procedimento, 100% gratuito.

De acordo com o médico cirurgião do HA, Dr. Luís Gustavo Romagnolo, a cirurgia minimamente invasiva é uma melhor opção para o paciente, uma vez que essa tecnologia contribui para melhor resultado estético, causa menos dor e menos desconforto durante o pós-operatório, menos riscos de infecções na ferida operatória e menos chances de hérnias incisionais a curto e médio prazo.

A iniciativa inovadora é idealizada pelo grupo de cirurgiões do departamento de cirurgia torácica oncológica do HA, formado pelos médicos Dr. Wilson Chubassi de Aveiro, Dr. Maurício Cusmanich, Dr. Rachid Eduardo Noleto da Nóbrega Oliveira e o chefe do departamento, Dr. José Elias Abrão Miziara.

Neste mês de agosto, a instituição completou 1.500 cirurgias robóticas, algo expressivo, considerando que todos os procedimentos são gratuitos. Segundo o Dr. Romagnolo, os pacientes que realizam tratamento de neoplasia no pulmão poderão ser beneficiados com o procedimento. A data do lançamento da cirurgia torácica no HA ocorre em agosto, por ser o mês de conscientização e prevenção do câncer de pulmão, doença que na maior parte das vezes é silenciosa e que pode ser fatal.

De acordo o Dr. Luís, as cirurgias torácicas serão executadas exclusivamente nos pacientes que tratam neoplasias de pulmão. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre homens e o quarto entre as mulheres no país, com a estimativa de mais de 30 mil novos casos por ano. O estudo epidemiológico intitulado “Neoplasias malignas nas 18 cidades pertencentes à regional de saúde de Barretos, São Paulo: A importância de um Registro de Câncer de Base Populacional”, realizado pelo Hospital de Amor, com financiamento da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) avaliou a incidência, mortalidade e sobrevida dos indivíduos com câncer de pulmão em Barretos-SP e em 17 cidades pertencentes à sua regional de saúde ao longo de 15 anos (2002-2016). Durante o período foram diagnosticados 1.116 novos casos deste tipo de tumor, dos quais, 695 foram em homens e 421 em mulheres, apresentando uma taxa de incidência de 15,1 para cada 100.00 mil habitantes. Segundo o mesmo estudo, a taxa de mortalidade foi de 13,6 para cada 100,00 mil habitantes, contabilizando 1.016 mortes pela doença, sendo 634 em homens e 382 em mulheres. O trabalho mostrou também que a taxa de sobrevida para câncer de pulmão em 5 anos foi de 5,8%.