As fobias são um problema de saúde mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo figuras famosas. Channing Tatum, por exemplo, sofre de fobia de bonecas de porcelana; Johnny Depp tem coulrofobia, o medo de palhaços; Katy Perry lida com nictofobia, o medo da escuridão; e Nicole Kidman sente medo de borboletas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 12% da população global enfrenta algum tipo de fobia, que pode variar desde o medo de alturas e lugares fechados até situações mais específicas, como o medo de insetos ou agulhas. Para entender como a hipnose pode auxiliar no tratamento desses medos, conversamos com Felipe Gonzalez, hipnoterapeuta clínico que utiliza uma abordagem humanizada para ajudar seus pacientes a superar suas fobias.
De acordo com Felipe, as fobias geralmente têm raízes profundas, muitas vezes ligadas a experiências traumáticas, condicionamento emocional ou padrões de pensamento negativo. “Nosso cérebro cria uma resposta de medo associada a um estímulo específico, e essa resposta se intensifica com o tempo, dificultando o enfrentamento desse medo”, explica. A hipnose, segundo ele, ajuda a reprogramar essa associação mental de maneira segura e gradual.
Como a Hipnose Ajuda a Superar Fobias?
Muitas pessoas ainda têm receio da hipnose, imaginando-a como algo perigoso ou incontrolável. Felipe esclarece que a hipnoterapia clínica é um tratamento sério, baseado em técnicas seguras e científicas. “A hipnose é um estado de relaxamento profundo e foco mental, onde o paciente permanece consciente e no controle durante toda a sessão. Minha abordagem humanizada garante que cada pessoa se sinta confortável e segura, sem qualquer risco de consequências adversas”, afirma.
Felipe explica que a hipnose é uma ferramenta poderosa para superar fobias porque atua no subconsciente, onde esses medos estão enraizados. Ao acessar esse nível de consciência, o hipnoterapeuta consegue ajudar o paciente a ressignificar a emoção ligada ao objeto de sua fobia, diminuindo a intensidade do medo. “Não apagamos memórias nem suprimimos sentimentos; criamos uma nova percepção em relação ao estímulo, permitindo que a pessoa responda de forma mais racional e menos ansiosa”, diz Felipe.
Técnicas Humanizadas e Integração com Outros Tratamentos
O tratamento humanizado é um dos pilares do trabalho de Felipe Gonzalez. Ele destaca que cada pessoa tem uma história única, e suas fobias devem ser tratadas com respeito e compreensão. “Antes de iniciar qualquer processo de hipnose, realizo uma avaliação completa do paciente para entender suas necessidades e criar um plano personalizado. Essa abordagem cuidadosa ajuda a construir confiança e fortalece o compromisso do paciente com o tratamento”, comenta.
Felipe também ressalta que a hipnose pode ser combinada com outras práticas terapêuticas para aumentar a eficácia do tratamento. “Para muitas pessoas, combinar a hipnose com abordagens como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou práticas integrativas, como ioga, meditação e até atividades físicas, pode oferecer resultados ainda mais sólidos. A hipnose, nesse caso, atua como peça central ou complementar, de acordo com a necessidade de cada paciente”, orienta.
Desmistificando a Hipnose: O Que Esperar Durante o Tratamento?
Para tranquilizar aqueles que ainda têm dúvidas, Felipe esclarece o que a hipnose é e o que ela não é. “Hipnose não é mágica nem controle mental. Durante a sessão, o paciente entra em um estado de relaxamento profundo, mas continua consciente e em total controle. As mudanças ocorrem à medida que o paciente explora emoções e pensamentos que geram o medo, mas ele sempre estará em um ambiente seguro”, explica.
O hipnoterapeuta também menciona que o número de sessões pode variar conforme a intensidade da fobia e a resposta do paciente ao tratamento