O envelhecimento é um processo biológico complexo, influenciado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Com os avanços na biotecnologia e na pesquisa genética, estamos começando a entender melhor como os nossos genes desempenham um papel fundamental nesse processo.
Segundo a geneticista, Fernanda Ayala, o ser humano tem importantes termos a saber como Telômero que é o nosso relógio biológico, são sequencias repetitidas que se encontram nas extremidades dos nossos cromossomos, que protegem o material genético durante a divisão celular, e que encurtam a cada divisão celular, até a senescência ou apoptose.
“A Telomerase e genes como FOXO3, SIRT1. A enzima telomerase tem a capacidade de manter e até mesmo alongar os telômeros, mas sua atividade é geralmente limitada a células germinativas e algumas células-tronco”, explica a medica.
Estudos mostram que a atividade reduzida da telomerase em células somáticas está associada ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças relacionadas à idade.
“A genética desempenha um papel fundamental no envelhecimento, influenciando desde a manutenção dos telômeros até a regulação de genes específicos e a modulação epigenética. Com o progresso contínuo na pesquisa genética, estamos cada vez mais perto de entender os mecanismos subjacentes ao envelhecimento e de desenvolver intervenções que possam prolongar a vida saudável”, relata Fernanda.
Entender a complexidade do envelhecimento requer uma abordagem multifacetada, integrando conhecimentos de genética, biologia molecular, epigenética e medicina clínica. Ao decifrar os segredos dos nossos genes, podemos abrir novas portas para um futuro onde envelhecer não signifique necessariamente declínio, mas uma oportunidade para viver mais e melhor.
“Diversos genes têm sido identificados como influentes no processo de envelhecimento. Um exemplo é o gene FOXO3, que está associado à longevidade em várias populações humanas. Pessoas com variações específicas deste gene tendem a viver mais tempo e têm menor risco de doenças relacionadas à idade, como cardiovasculares e câncer”.
Segundo Fernanda, a genética do envelhecimento é um campo em rápida evolução. Com tecnologias emergentes como a edição de genes CRISPR e a sequenciação de nova geração, os cientistas estão cada vez mais aptos a identificar genes relacionados ao envelhecimento.
“Ensaios clínicos estão explorando o uso de terapias genéticas para tratar doenças associadas à idade e melhorar a longevidade. Além disso, a medicina personalizada, que leva em consideração a composição genética individual, promete revolucionar a forma como abordamos o envelhecimento e as doenças relacionadas.
A idade biológica de uma pessoa pode diferir significativamente de sua idade cronológica, e uma maneira eficaz de avaliar essa diferença é através de testes genéticos que medem diversos biomarcadores do envelhecimento. Entre esses testes, um dos mais amplamente utilizados é o teste de telômeros, que mede o comprimento dos telômeros das células. No entanto, há outros métodos e testes genéticos emergentes que fornecem uma visão mais abrangente da idade biológica de um indivíduo”, finaliza a médica.