A dermatologista Dra. Natássia Pizani explica os principais tipos de tratamento e quando o transplante pode ser uma alternativa
Cientificamente conhecida como alopecia androgenética, a calvície é uma condição que afeta tanto homens quanto mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 42 milhões de pessoas sofrem com algum grau de queda de cabelo. Pensando nisso, a dermatologista Dra. Natássia Pizani enfatiza a importância de discutir sobre o assunto, já que suas consequências podem ter um impacto significativo na qualidade de vida.
“Os primeiros sinais de calvície costumam incluir diminuição na densidade capilar, recuo da linha do cabelo e a formação de áreas calvas no couro cabeludo. Para muitos, esse processo pode ser gradual e facilmente justificado como parte do envelhecimento natural. Porém, é importante estar atento aos sinais precoces e procurar orientação médica quando houver perda excessiva de fios”, diz a Dra. Natássia.
A especialista também explica que embora a alopecia androgenética seja mais comumente associada aos homens, ela também pode impactar as mulheres. “Nelas, a perda de cabelo tende a ser mais difusa, resultando em uma diminuição geral na densidade capilar, em vez de áreas calvas distintas. Além disso, mulheres podem experimentar calvície de forma mais tardia, após a menopausa, devido a mudanças hormonais”.
Transplante capilar
Para muitos indivíduos que enfrentam a calvície, o transplante capilar é considerado uma solução eficaz e de longo prazo. Segundo a Dra. Natássia, o procedimento envolve a transferência de folículos capilares de áreas em que o cabelo é mais espesso para as áreas afetadas pela calvície. “Com os avanços das técnicas cirúrgicas nos últimos anos, este tipo de intervenção tornou-se viável para quem deseja restaurar a densidade capilar e melhorar a aparência estética”.
Contudo, a especialista alerta que embora o transplante tenha resultados a longo prazo, não traz uma solução definitiva, já que a alopecia androgenética é uma condição crônica que pode continuar a progredir com o passar dos anos. “Lembrando que, além do transplante, os pacientes podem precisar de tratamentos adicionais, como terapias medicamentosas ou laser, a fim de retardar novas quedas de cabelo”.
Diante desse cenário, a Dra. Natássia reforça que a calvície não afeta apenas a aparência física das pessoas, mas também sua saúde emocional, autoestima e qualidade de vida. “Por isso é importante fazer o acompanhamento junto a um dermatologista. O profissional poderá ajudar com um gerenciamento eficaz da situação, ajudando a recuperar a confiança perdida de homens e mulheres”.
Quem é Dra. Natássia Pizani?
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a Dra. Natássia Pizani possui Graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense, instituição em que também realizou a sua residência médica.
Pizani já atuou no Hospital Universitário Antônio Pedro, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no departamento de dermatologia/dermatoscopia do Instituto Nacional do Câncer (Inca RJ) e no setor de Dermatologia do Hospital Santa Maria – Universidade de Lisboa – Lisboa, Portugal.
Atualmente atende em clínica própria e prioriza a dermatologia clínica, com ênfase em doenças do couro cabeludo e doenças inflamatórias da pele, além da dermatologia estética, com tratamentos minimamente invasivos de rejuvenescimento que respeitam a individualidade.