Dia Nacional de Combate ao Fumo: Pneumologista alerta para doenças que o tabaco pode causar na vida das pessoas

O Dia Nacional do Combate ao Fumo é comemorado no dia 29 de agosto e tem o objetivo de alertar contra o uso do tabaco, principalmente para o público jovem, e para a necessidade de se atentar aos riscos do tabagismo desde cedo. O crescimento exponencial do uso de cigarros eletrônicos e narguilés também preocupa os médicos cada vez mais.

Segundo a pneumologista, Juliana Pires, o tabagismo provoca inúmeras doenças como: hipertensão, infarto, angina, derrame, câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rins e bexiga; bronquite crônica, enfisema pulmonar; deixa o sistema imunológico debilitado e susceptível a doenças como gripes e tuberculose; e provoca ainda o enrugamento da pele; o surgimento de placas e o amarelamento dos dentes.

“Abandonar o fumo traz inúmeros benefícios para a saúde: a função pulmonar, a respiração e a oxigenação do sangue melhoram; a pressão sanguínea normaliza; a imunidade aumenta, o que diminui também o risco de infecções; a tosse e a falta de ar diminuem; os níveis de colesterol, triglicérides e glicose se normalizam; o paladar fica mais apurado; a pele ganha cor novamente; a pessoa se sente bem mais disposta, além de inúmeros outros benefícios”, explica a médica.

Cerca de 30% das mortes provocadas por câncer são atribuíveis ao cigarro. Os mais comuns são câncer de pulmão (90% dos casos da doença), de boca, garganta, esôfago, bexiga, colo do útero, pâncreas, entre outros.

A médica explica que o tabagismo aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares como AVC e infarto e de outras doenças; 25% dos fumantes desenvolvem algum grau de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que provoca falta de ar e muitas vezes leva o paciente à oxigenioterapia.

“Todos os produtos derivados do tabaco fazem mal à saúde, em qualquer quantidade, já que não existe um nível seguro de exposição ao tabaco. Vale ressaltar que a OMS relatou que a epidemia de tabaco é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou”, finaliza Juliana.