Dermatite atópica: doença não se restringe apenas ao público infantil

A dermatologista Dra. Natássia Pizani enfatiza a importância dos tratamentos tópicos e sistêmicos

Comumente associada à infância, a dermatite atópica é uma condição que pode persistir até a fase adulta, afetando assim a qualidade de vida dos pacientes de maneira significativa. A Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que cerca de 7% dos brasileiros adultos precisam lidar diariamente com os sintomas dessa doença crônica.

Diante desse cenário, a dermatologista Dra. Natássia Pizani destaca a necessidade de conscientização e a importância dos tratamentos adequados para manejar a condição. “Com o desconforto causado por possíveis crises na vida adulta é fundamental que haja uma hidratação da pele. Os tratamentos tópicos como cremes e pomadas são essenciais para manter a barreira cutânea e reduzir a frequência e a intensidade dos sintomas”.

Além dos tratamentos tópicos, a especialista destaca a importância dos avanços nos tratamentos sistêmicos, que são indicados para casos mais graves da doença. Medicamentos inovadores, como o upadacitinibe e o dupilumab, têm mostrado resultados promissores. “Essas novas abordagens representam evoluções significativas no manejo da dermatite atópica, oferecendo alívio para pacientes que não respondem bem aos tratamentos convencionais”.

O upadacitinibe é um inibidor que tem demonstrado eficácia em reduzir a inflamação e o prurido associado à dermatite atópica. Já o dupilumab é um anticorpo monoclonal que bloqueia a interleucina-4 e a interleucina-13, duas proteínas envolvidas na resposta inflamatória. Ambos os tratamentos têm sido aprovados por órgãos reguladores e são considerados seguros e eficazes, proporcionando uma nova esperança para os pacientes adultos que sofrem com essa condição que pode se mostrar debilitante.

Para Dra. Natássia, um manejo eficaz dos sintomas da dermatite atópica quase sempre vai demandar a combinação de tratamentos tópicos e sistêmicos, ou seja, uma boa hidratação da pele com o uso de medicamentos devidamente recomendados por um especialista. “O mais importante é que todos entendam a natureza persistente da doença para que possam gerenciá-la da melhor forma possível durante a vida adulta”.

Quem é Dra. Natássia Pizani?

Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a Dra. Natássia Pizani possui Graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense, instituição em que também realizou a sua residência médica.

Pizani já atuou no Hospital Universitário Antônio Pedro, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no departamento de dermatologia/dermatoscopia do Instituto Nacional do Câncer (Inca RJ) e no setor de Dermatologia do Hospital Santa Maria – Universisade de Lisboa – Lisboa, Portugal.

Atualmente atende em clínica própria e prioriza a dermatologia clínica, com ênfase em doenças do couro cabeludo e doenças inflamatórias da pele, além da dermatologia estética, com tratamentos minimamente invasivos de rejuvenescimento que respeitam a individualidade.