Corpo dá sinais: sintomas que podem indicar o início do diabetes

Clínico geral da Hapvida reforça a importância dos exames de rotina para o diagnóstico precoce e a prevenção de complicações

Uma condição crônica que afeta 20 milhões de pessoas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), exige atenção redobrada ao diagnóstico precoce. Assim é o diabetes, que avança de forma silenciosa na população, sendo frequentemente diagnosticado em estágios avançados, o que compromete a saúde pública e a qualidade de vida dos pacientes.

O médico Marcello Nannetti, clínico geral da Hapvida, explica que os primeiros sintomas do diabetes podem ser confundidos com cansaço ou estresse, o que retarda a busca por avaliação médica. Por isso, a identificação dos sinais precoces e a realização de exames de rotina são cruciais para um diagnóstico em tempo hábil, evitando complicações de saúde a longo prazo.

Entre os alertas precoces estão o aumento da sede, boca seca, vontade de urinar várias vezes ao dia, cansaço fácil, fome excessiva e perda de peso sem explicação. O médico também cita visão embaçada e infecções ou machucados que demoram mais para cicatrizar.

“O diagnóstico precoce muda completamente o futuro do paciente. Quanto mais cedo identificamos, mais fácil é controlar a glicose, evitar complicações como problemas nos rins, visão e nervos, e manter uma vida totalmente normal”, explica o médico.

Confusão dos sintomas

No diabetes tipo 2, que é a forma mais comum da doença, a instalação dos sintomas é lenta, permitindo que o paciente se adapte à fadiga, à sede ou às alterações de peso, atribuindo as mudanças à rotina ou a noites mal dormidas.

A situação é tão preocupante que a SBD alterou a Diretriz de rastreamento, indicando que a idade ideal para começar a fazer exames de glicemia passou de 45 para 35 anos. Para o rastreio, o clínico da Hapvida recomenda exames anuais, principalmente para indivíduos com histórico familiar, sobrepeso ou pressão alta. Além da glicemia em jejum, outros exames como a hemoglobina glicada e o teste de tolerância à glicose também são considerados essenciais.

Prevenção

A prevenção e o controle glicêmico são sustentados por hábitos de vida saudáveis. Alimentação equilibrada, atividade física regular, perda de peso (quando necessária) e boas noites de sono são pilares que tornam as células mais sensíveis à insulina e ajudam a evitar a progressão da doença.

“Ao notar sintomas como sede excessiva, urinar demais, perda de peso rápida ou alteração visual, o paciente deve procurar um médico o quanto antes. Esses sinais nunca devem ser ignorados”, alerta Nannetti.