A perda de audição é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. Por isso, 10 de novembro foi escolhido como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez para conscientizar as pessoas sobre a importância delas manterem cuidados diários com a audição.
A diminuição da capacidade de ouvir, de acordo com o Ministério da Saúde, pode acontecer por causa de vários fatores: frequentar ou trabalhar em locais barulhentos; usar fones de ouvido em volume alto; tomar remédios ototóxicos – prejudicais à audição; otites de repetição; problemas no tímpano, tumores; envelhecimento; hereditariedade, entre outros.
Para evitar a deficiência auditiva, é preciso ter em mente alguns cuidados com a audição, assim como fazemos com o restante de nosso corpo. Achar que a perda de audição ocorre somente na terceira idade é ideia ultrapassada. Apesar do distúrbio ser mais frequente em idosos devido à degeneração das células sensoriais da audição, a perda auditiva também pode atingir crianças, adolescentes e adultos; e isso já vem ocorrendo em escala cada vez maior por causa da ‘overdose’ sonora que nos rodeia.
“Sempre que sentirem uma diminuição na audição ou zumbido nas orelhas – o que pode ser o primeiro sinal de perda auditiva -, as pessoas devem buscar a orientação de um médico otorrinolaringologista ou de um fonoaudiólogo. É preciso investigar as causas e tomar providências imediatas para evitar o agravamento do quadro. Se for constatada perda auditiva, uma das opções de tratamento é o uso de aparelhos auditivos”, explica a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia e Vendas na Telex Soluções Auditivas.
A boa notícia é que podemos tomar precauções para evitar a perda de audição precoce. Conheça as dicas da fonoaudióloga da Telex.
Em casa, modere o som da TV e de aparelhos sonoros (em volume de até 60 decibéis);
Não ligue a TV, rádio, máquina de lavar, liquidificador e outros eletrônicos ao mesmo tempo;
Evite o som muito alto no carro e circule com os vidros fechados para evitar os ruídos externos;
Não deixe suas orelhas se costumarem ao som alto, nem em casa, nem no carro, nem no trabalho. Preste atenção e proteja-se;
Cuidado com a música alta nas academias. O barulho pode chegar a 110 decibéis. Proteger a audição também é cuidar do corpo;
Evite permanecer por longos períodos em ambientes fechados com música alta ou ruídos em excesso;
Em festas, shows ou micaretas, fique longe das caixas de som. Se houver zumbido nas orelhas é um sinal de alerta que deve ser investigado;
Use protetores auriculares principalmente, nas crianças, quando estiverem em locais muito barulhentos;
Dê um descanso às orelhas. Mantenha-se em silêncio sempre que possível, fazendo um repouso auditivo, principalmente depois de dias agitados. A prática traz uma série de benefícios, inclusive para a audição;
Diminua o volume! Crianças, adolescentes e adultos que usam fones de ouvido com frequência correm maior risco de perda auditiva, principalmente se o som for elevado durante horas seguidas;
Cuidado com objetos pontiagudos ou hastes flexíveis de algodão na região da orelha. Eles podem empurrar a cera para o tímpano e até perfurar a membrana timpânica, afetando a audição;
Cuidado com gripes, otites e sinusites mal curadas. Infecções frequentes ou que não foram devidamente tratadas podem causar danos à audição;
No ambiente de trabalho, não esqueça de utilizar protetores auriculares sempre que exposto a ruídos elevados;
Atenção motoqueiros! Motocicletas, principalmente as de média e altas cilindradas, emitem ruídos em torno ou acima de 95 decibéis, o que é prejudicial à audição;
Quem tem mãe e/ou pai com problemas auditivos deve procurar um especialista mais cedo. Em muitos casos, a perda de audição pode ter um componente genético;
Faça o teste da orelhinha no bebê logo após o nascimento, mas avalie novamente a audição anualmente, especialmente na época da alfabetização. Criança que não ouve bem pode apresentar dificuldades na aprendizagem.