Comum no Carnaval, a mononucleose, a “doença do beijo” pode ser confundida com a gripe

Marchinhas, blocos na rua e escolas de samba trabalhando intensamente. É Carnaval em Curitiba. Época de muita diversão, e é claro que a paquera faz parte da folia.

O problema é que, justamente no Carnaval, a mononucleose costuma aparecer com mais frequência para atrapalhar a curtição. Myrna Campagnoli, diretora médica do laboratório Frischmann Aisengart, – que integra a Dasa, líder em medicina diagnóstica no Brasil, explica que a mononucleose infecciosa é uma doença causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV). A patologia é transmitida pela saliva contaminada, de forma respiratória ou ainda pelo compartilhamento de copos e garrafas. “O vírus, que é da mesma família do herpes, apresenta sintomas que podem ser confundidos com uma gripe ou resfriado”, explica Myrna Campagnoli.

Sintomas:

A pessoa pode ter a doença de forma assintomática ou apresentar sintomas como febre alta persistente, presença de nódulos (gânglios) pelo corpo e muito cansaço.

Diagnóstico:

A partir do momento em que notar os sintomas, o ideal é procurar um médico. O diagnóstico é clínico, associado a exames de sangue. “É coletada uma sorologia específica para o vírus Epstein-Barr para identificar a presença de anticorpos”, ressalta a especialista.

Tratamento:

Por ser uma doença viral, não existe nenhum tratamento específico contra o vírus Epstein-Baar. “O tratamento é basicamente repouso e o uso de remédios para dor e febre. É fundamental aguardar a resposta do organismo que irá fazer com que a doença desapareça, sendo que isso pode durar dias ou até semanas”, destaca a diretora médica de análises clínicas do Frischmann Aisengart.